A previsão do tempo para a primeira semana de março de 2024 é da volta de chuvas e tempestades em Goiás, de acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). O diagnóstico veio após o bloqueio atmosférico ter impedido a formação de nuvens de chuvas na última semana de fevereiro de 2024 que ocasionou dias mais ensolarados. Com o fim deste bloqueio, deve começar as últimas chuvas de verão de 2024

Com isso, uma combinação do calor com a umidade irá gerar áreas de instabilidade climática que podem gerar pancadas de chuvas isoladas e tempestades, rajadas de ventos e raios. Segundo a entidade, 160 municípios estão com alertas para tempestades com volume de água de até 50 milímetros por dia (mm/dia) com possibilidade de ventos para acima de 60 quilômetros por hora (km/h). Sobre isso, a região centro norte de Goiás deve ser a mais afetada com previsão de volume de chuvas maiores que 30 mm. 

Contudo, vale lembrar que as chuvas de verão são usuais todos os anos, mas o efeito climático do El Niño tem intensificado as tempestades e secas que atingem o país. Ainda de acordo com André Amorim, gerente do Cimehgo, para o jornal O Hoje, o El Niño deve terminar entre os meses de março e abril, com o La Niña começando entre os meses de julho a agosto. Neste período de tempo deve haver o período anual de estiagem.    

Já o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja de perigo para todo o estado com potencial risco de acidentes. Este aviso é o segundo maior da lista e recomenda que os cidadãos fiquem atentos para as informações governamentais.

Devido ao alerta do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) que aponta risco potencial de chuvas intensas (20 a 30 mm/h ou 50 mm/dia), que podem ser acompanhadas de rajadas de vento (acima de 60 km/h) e raios, a Defesa Civil de Goiânia continua com um reforço de atenção e monitoramento da cidade nos próximos dias, diante da previsão de chuvas.

Em Goiânia, a previsão é de variação de nebulosidade, sol, com pancadas de chuvas isoladas, temperatura máxima que pode chegar aos 31ºC e umidade relativa do ar entre 40% a 90%. “Diante da possibilidade de situações adversas, a população deve ficar atenta para adotar medidas preventivas que são de grande importância para evitar incidentes”, destaca.

Cuidados e alerta da Defesa Civil 

Para conter os alagamentos que castigam a cidade há décadas, a Prefeitura de Goiânia realiza investimentos da ordem de R$ 200 milhões em drenagem urbana. “São mais de R$ 200 milhões em obras de drenagem. Resolvemos enfrentar um problema histórico e já beneficiamos regiões como o Bairro Feliz, Chácaras São Joaquim, Maringá, Novo Petrópolis e os trabalhos avançam em outros bairros, a exemplo do Jardim Goiás”, ressalta o prefeito Rogério.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), dos mais de 90 pontos de alagamento que a Prefeitura realiza acompanhamento, 70 já receberam intervenções. Outra medida preventiva adotada pela administração municipal é a limpeza das galerias. A Prefeitura já realizou a limpeza de 74 mil bocas de lobo. Mais de 200 mil metros de ramais foram limpos e mais de 22 quilômetros de novas tubulações para escoamento das águas da chuva foram executadas.

Dentre os cuidados, a Defesa Civil destaca que, ao ser surpreendido por chuva forte, a orientação é procurar parar em local seguro, como estacionamentos de shoppings ou supermercados. Também não se deve atravessar vias alagadas acima do meio-fio, pois a força da água pode arrastar veículos. 

Outro cuidado importante é não estacionar ou parar veículos embaixo de árvores, pois elas podem sofrer quedas ou serem atingidas por raios. “É preciso tomar muito cuidado com a possibilidade de quedas de árvores, raios e descargas elétricas”, frisa o coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil, Robledo Mendonça de Farias. 

Segundo ele, é preciso ficar atento e vigilante ao nível de subida das águas, mesmo à noite, assim como evitar áreas de risco e evacuar áreas de inundação. Se houver risco de deslizamentos de terra na região, é fundamental estar alerta a qualquer sinal de rachaduras no terreno ou nas paredes. Em caso de emergência ou risco iminente, a população deve acionar a Defesa Civil (153) e o Corpo de Bombeiros (193).