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sábado, 10 de agosto de 2024
Golpe de Estado

Em depoimentos à PF, ex-comandantes fortalecem suposta ligação de Bolsonaro com planejamento de golpe  

Investigadores pretendem concluir, ainda no primeiro semestre deste ano, inquérito que envolve milícias digitais vinculadas a Jair Bolsonaro e, também, supostas tramas golpistas

Postado em 4 de março de 2024 por Isadora Miranda
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Advogado do ex-presidente confirmou a decisão pelas redes sociais (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Em depoimentos, os ex-comandantes da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, e do Exército, Freire Gomes, revelaram novas informações que confirmam as suas participações em reuniões, convocadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, para a discussão do suposto planejamento de golpe de Estado.  

As falas

Na última sexta-feira (1/03), o ex-comandante do Exército, que estava em viagem internacional, voltou ao Brasil para prestar depoimento à Polícia Federal (PF). Durante sua fala, foi confirmada a informação de que ele estaria presente em um dos encontros que objetivavam a elaboração de uma minuta golpista. A informação é da CNN e foi revelada no sábado (2/3).  

À priori, os relatos das reuniões em questão foram feitos pelo tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada e exercia, também, o cargo de ajudante de ordens de Bolsonaro. 

Carlos Baptista Júnior, por sua vez, forneceu detalhes precisos sobre, ao menos, duas reuniões. Segundo mensagens obtidas pela PF, tanto Carlos Baptista Júnior quanto Freire Gomes teriam sido vítimas de ataques do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice de Bolsonaro nas últimas eleições, por não aderirem ao suposto plano golpista.  

O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, que ficou em silêncio durante seu depoimento, teria sido o único a aderir à minuta do golpe, de acordo com declarações de Mauro Cid.  

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