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domingo, 24 de novembro de 2024
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Prefeitura de Aparecida recolhe 45 mil pneus abandonados apenas em 2024

Contudo, os servidores de Aparecida de Goiânia estão focados em outra questão que também é endêmica na cidade: os pneus abandonados em lojas e casas

Postado em 9 de março de 2024 por João Reynol
Em dois dias a Prefeitura de Aparecida de Goiânia recolhe mais de 13 mil pneus abandonados | Foto: Divulgação/Prefeitura de Aparecida de Goiânia

A água parada continua como a inimiga número um das administrações públicas devido ao aumento de casos, e mortes, pela dengue neste início de 2024. Esta afirmação é uma verdade contida nas ações públicas de educação, fiscalização e eliminação de possíveis focos do mosquito Aedes Aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika. Locais como: bacias, vasos, mato alto, lixo, entulhos e até carcaças de carros são possíveis focos de origem da doença.

Contudo, os servidores de Aparecida de Goiânia estão focados em outra questão que também é endêmica na cidade: os pneus abandonados em lojas e casas. Segundo apurado pela equipe de reportagem do jornal O Hoje, são recolhidos em média de 3,5 a 5 mil pneus abandonados todas as semanas, gerando pelo menos 45 mil pneus abandonados desde o início de 2024. Para se ter uma noção da quantidade destes objetos largados nas borracharias e lojas da cidade, foram recolhidos em um mutirão nesta quarta (6) e quinta (7) cerca de 13.500 em apenas dois dias.

De acordo com Edson Fernandes, coordenador do Centro de Zoonoses de Aparecida de Goiânia, para o jornal O Hoje, ações como essas são consideradas cotidianas para o município. “Essas ações de recolhimento e eliminação de focos são rotineiras que geralmente fazemos a cada 20 dias”, diz o gestor. Ainda segundo ele, os pneus reunidos pela entidade são enviados para a empresa Reverso Reciclagem de Pneus, em Abadia de Goiás.

Por causa da alta incidência deste tipo de foco, o desmonte desses objetos é uma das principais missões do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo apurado pelo jornal O Hoje, os casos confirmados na cidade somam mais de 2.525 até a oitava Semana Epidemiológica. Além disso, o índice de casos do município continua alto, com mais de 648 casos para cada 100.000 habitantes, registrados em todas as cinco regiões da cidade. 

A preocupação da pasta é sobretudo com o período de chuvas que continua sobre o estado. De acordo com o especialista, os pneus cobertos de água são o terceiro local em que mais se encontram os ovos do mosquito.

Por causa disso, Edson fala que foi montado uma força tarefa dividida em duas etapas para o combate à dengue. A primeira parte é o trabalho de fiscalização em locais com possível foco, e a segunda é em atender os pedidos da população que se mantém alerta. Em relação à segunda tarefa, o coordenador fala que grande parte dos recolhimentos de pneus do mutirão foram destes pedidos. “As nossas visitas nesses mutirão foram mais tranquilas. Nem precisamos chamar a vigilância sanitária”, diz o coordenador.

Contudo, ele diz da importância da população em permanecer vigilante para frear o avanço da doença. “As nossas ações de eliminação dos focos não são o suficiente sem a ajuda da população em ficar atenta nas suas casas. Nós encontramos muitos criadouros de mosquitos nos lixos domiciliares”.

A última grande ação de visitação das casas ocorreu entre os dias 22 e 23 de fevereiro de 2024, chamada de Dia D do combate. Segundo dados da secretaria pelo jornal O Hoje, mais de 21 mil imóveis de 11 bairros foram visitados em fevereiro de 2024 por cerca de 200 agentes de seis secretarias municipais.

Seja na gerência municipal ou estadual, tal modus operandi de combate ao mosquito ainda deve continuar até o fim das chuvas e o começo da estiagem prevista para começar entre o fim de março e começo de abril, muito pelo motivo do aumento de mortes pela doença. Segundo divulgou o jornal O Hoje nesta sexta-feira (08), já foram 44 mortes confirmadas pela doença em Goiás e mil vezes este valor de casos confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). 

Além disso, já são oito estados em situação de emergência pelo surto viral da doença, seguido de um aumento de mortes e incidência notificados, sendo São Paulo o mais recente a emitir o alerta com 31 mortes e 300 casos por 100 mil habitantes. (Especial para O Hoje)

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