Chegada do outono chama atenção para doenças respiratórias
Especialista orienta sobre cuidados com a saúde com a chegada do tempo seco
O outono, estação que é uma transição entre o verão – período marcado por chuvas e aumento de temperaturas – e o inverno, já começa no próximo dia 21 de março deste ano. Nesta época do ano, a umidade relativa do ar começa a ter oscilações e queda. Consequentemente, começam a surgir doenças respiratórias.
Dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), mostram que o tempo seco aumenta a incidência de doenças respiratórias, como a Influenza, Metapneumovírus, Parainfluenza, Rinovírus e Vírus Sincicial Respiratório. Vale destacar que as doenças respiratórias também podem ser causadas por bactérias como é o caso da sinusite e pneumonia.
Essas doenças podem causar sérios problemas para aqueles que são infectados por elas, principalmente quando evoluem para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
A rinite alérgica, asma e a conjuntivite alérgica, são as principais doenças respiratórias que surgem em decorrência do tempo seco, é o que afirma a alergista e imunologista, Raissa Pimentel. Além disso, essas irritações ocorrem em decorrência dos agentes irritativos que ficam mais tempo no ar, como a poeira, poluição e pelos de animais. O tempo seco, por si só, é um inflamatório para as vias aéreas, principalmente no caso das pessoas que já têm alergias.
No período de outono é comum que as pessoas lavem menos as mãos e fiquem mais tempo em locais com grandes aglomerações e isso colabora para que ocorram essas infecções, de acordo com a especialista. Nesse sentido, Millena alerta a população a manter a higiene pessoal, podendo o uso de máscaras ser uma opção para evitar esses problemas de saúde.
A situação é ainda mais grave para pessoas que já possuem alguma doença respiratória, nesse período em que a umidade do ar está mais baixa. A orientação da imunologista para esse público é que façam bastante lavagem nasal com soro fisiológico. Além disso, o uso de lágrimas artificiais nos olhos – recurso utilizado por oftalmologistas no tratamento do ressecamento ocular – é importante. Esse tratamento pode ser indicado em casos de problemas em decorrência de oscilações do clima, uso excessivo de telas, pós-cirurgia de miopia e catarata, entre outras causas, também é importante.
Outra consequência da baixa umidade relativa do ar, é o sangramento nasal, que muitas vezes formam aquelas famosas ‘casquinhas’ no interior do nariz. Para esses casos, a orientação de Pimental é lavar a região com soro fisiológico para evitar sangramentos no nariz. Arrancar a ‘casquinha’ ou coçar o nariz não é uma boa opção, pelo contrário, o ato pode aumentar a fragilidade da região interna do membro, trazendo sérias complicações.
A alergista ainda chama a atenção para o uso de ar-condicionado. O objeto só deve ser usado em casos de muita necessidade, uma vez que ele contribui para a diminuição da umidade relativa do ar. Outras orientações são: fazer a manutenção dos filtros do aparelho com frequência, para evitar alergias por conta da poeira e ácaro que se acumulam no objeto; espalhar toalhas molhadas na casa; usar umidificador – lembrar que ele só pode ficar ligado cerca de três horas por dia.
Na prevenção contra essas infecções, a vacinação é fundamental, especialmente a vacina contra a gripe e contra o Covid-19, doenças que mais afloram nesse período. Além disso, medidas de etiqueta respiratória que envolvem cobrir com o antebraço a boca e nariz ao tossir e espirrar, lavar constantemente as mãos e usar álcool em gel 70%, é importante para prevenir contra as doenças respiratórias.