Sexta-Feira Santa: origem e significado da data
Santuário Basílica Sagrada Família, realiza a ‘Encenação Paixão de Cristo – A Experiência’, hoje (29), às 19h, com entrada gratuita
A Sexta-feira da Paixão ou Sexta-feira Santa é um feriado religioso celebrado pelos cristãos para simbolizar a Paixão de Jesus Cristo e como parte das celebrações da Páscoa para simbolizar a ressurreição do Messias.
É considerada uma data móvel, ou seja, não existe um dia específico para comemorar a cada ano. Geralmente, deve ser comemorada na sexta-feira anterior ao Domingo de Páscoa. Segundo a tradição, para definir o dia em que se celebra a Sexta-feira Santa, considera-se a primeira sexta de lua cheia após o equinócio de primavera (no Hemisfério Norte) ou o equinócio de outono (no Hemisfério Sul). Neste caso, a Sexta-feira Santa pode ocorrer entre 22 de março e 25 de abril.
Segundo o Cristianismo, a data religiosa é um dia para refletir sobre o sacrifício de Jesus na cruz. Para os católicos, é tradicionalmente um dia de ritual e penitência, como jejum ou abstinência dos prazeres mundanos, e marca o encerramento da quaresma.
Muitas vezes vemos reconstituições, encenações, homenagens e outras formas de representação artística retratando os momentos finais da vida de Jesus Cristo, quando foi crucificado e morreu. Ele carregou a cruz por um longo caminho e os soldados do Império Romano colocaram a coroa de espinhos em Cristo. Após completar sua jornada, ele foi morto e ressuscitou dois dias depois. A homenagem religiosa representa seu julgamento, crucificação e ressurreição do mundo dos mortos.
Significado da festividade religiosa
O Domingo de Ramos, comemorado uma semana antes do Domingo de Páscoa, simboliza a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém. Naquele dia, os moradores cortaram galhos e folhas para cobrir o terreno por onde passou. Sua chegada trouxe desconfiança e medo entre os padres, que começaram a tramar uma conspiração para condená-lo à morte.
Na Segunda-Feira Santa, Jesus chega a Betânia para um último encontro com os amigos, anunciando que chegou a hora. Naquele dia foi pregado o Evangelho de São João. Na Terça-Feira Santa, Jesus anunciou sua morte e sua traição beijando Judas. O Cântico do Senhor e o Salmo 70 são recitados na Missa.
Na Quarta-Feira Santa, a igreja realizou uma procissão para o encontro de mãe e filho. Neste momento, os homens saem com a imagem do Senhor dos Passos, e as mulheres saem com a imagem de Nossa Senhora das Dores. A Quinta-Feira Santa é marcada como o dia da última ceia. Antes do jantar, Jesus Cristo lavou os pés dos discípulos e ensinou-lhes humildade. Durante a ceia, Jesus parte o pão e o vinho e explica que eles simbolizam o seu corpo e o seu sangue.
Depois da refeição, Judas saiu e entregou Jesus às autoridades. Depois de cantar hinos e orar, os guardas vieram prender Jesus. Ele foi levado à casa do sumo sacerdote para julgamento. A Sexta-Feira Santa, é também conhecida como dia da paixão no cristianismo, simboliza a morte de Jesus Cristo.
No Sábado Santo, conhecido como sábado de aleluia. Naquele dia, as pedras que fechavam o túmulo de Jesus Cristo foram seladas, e soldados romanos guardaram a entrada do túmulo para evitar que seu corpo fosse roubado. Neste dia, a igreja realiza uma vigília pascal junto ao túmulo de Cristo para meditar sobre a morte.
O Domingo de Páscoa simboliza o dia da ressurreição de Jesus Cristo. Corpo e espírito reunidos. No final do dia, Jesus apareceu a todos os seus discípulos. Vale ressaltar também que a Páscoa significa a transição da escravidão para a liberdade e é também o dia mais sagrado do Cristianismo.
Encenação Paixão de Cristo – A Experiência
A Companhia de Teatro Arte e Graça convida o público a ser provocado o tempo todo e a contextualizar a história de Jesus Cristo ao seu cotidiano, com a encenação da Paixão de Cristo – A Experiência, que acontece nesta sexta-feira (29), às 19h, no estacionamento do Santuário Basílica Sagrada Família, com entrada gratuita.
A Paixão de Cristo, que já é tradição no Santuário Basílica Sagrada Família há mais de 25 anos, ganhou em 2023 reconhecimento e ainda mais prestígio passando a fazer parte do Calendário Cultural Oficial de Goiânia e também do Calendário Cultural Oficial do Estado de Goiás, se tornando patrimônio imaterial, neste ano o projeto tem a expectativa de receber aproximadamente 20 mil pessoas.
A encenação conta com um elenco de 150 pessoas composto por artistas da Companhia de Teatro e fiéis da comunidade e mais de 50 profissionais de produção envolvidos.
“É uma imensa alegria e um reconhecimento extremamente importante. Estamos falando de um projeto evangelizador muito poderoso. Onde vidas são verdadeiramente impactadas e transformadas, e digo isso pois somos testemunhos vivos do poder desta obra. Desde o elenco que são 150 pessoas, entre crianças e adultos, aos técnicos que se envolvem direta e indiretamente, saem com questionamento e reflexões que são levadas para a vida”, conta Jessica Moraes, Diretora da Paixão de Cristo – A Experiência e fundadora da Companhia de teatro Arte e Graça.
Com o objetivo de proporcionar mais do que uma peça de teatro, e sim uma experiência imersiva, através da apresentação, os espectadores serão desafiados a se colocar no lugar das personagens e olhar para história que todos conhecem, como nunca feito antes.
“Um desafio. Só é possível transmitir uma experiência para o público, vivendo primeiramente. Então nosso propósito durante todo o processo, foi de vivenciar de forma profunda, contemplar o mistério da Paixão de Cristo como nunca fizemos. Nessa experiência imersiva, os espectadores serão conduzidos a se aprofundar na história de Jesus e na sua própria história até aqui. O convite é se ver dentro do enredo que aconteceu há mais de 2 mil anos atrás; entendendo que ele se repete até os dias de hoje”, destaca.
O público que marcar presença pode contar com muita emoção e reflexões profundas. A experiência promete fazê-lo ganhar um novo olhar e uma nova perspectiva sobre tudo que achou que sabia até aqui. “Não importa o quão íntimo de Jesus você acha que é, a intimidade com Ele sempre pode ser mais profunda”, finaliza.