Em 20 anos, só duas eleições acabaram no 1º turno
Neste pleito de 2024, tendência é que páreo se estenda mais uma vez até a segunda etapa
Nos últimos 20 anos, Goiânia teve duas eleições que terminaram em primeiro turno: em 2008, quando Iris Rezende (MDB) venceu Sandes Júnior (PP) por 74,16% dos válidos a 15,75%; em 2012, quando Paulo Garcia (PT), superou Jovair Arantes (então PTB) por 57,68% a 14,25%.
Em 2004, Iris Rezende também venceu, mas foi ao segundo turno. No primeiro, o ex-prefeito chegou a 47,47%, seguido por Pedro Wilson (PT), 23,03%; Sandes Júnior, 4,51%; Rachel Azeredo, 3,54%; Isaura Lemos, 1,74%; Rannieri Lopes, 0,62%; e Rubens Donizzeti, 0,36%. Na segunda etapa, Rezende superou o petista por 56,71% a 43,26%.
Mas, de volta a 2008, quando o emedebista histórico levou no primeiro turno, além de Sandes Júnior, ele superou Gilvane Felipe, que teve 5,2% dos votos válidos; e Martiniano Cavalcante, com 4,88%. A eleição foi menos pulverizada que a anterior.
Já em 2012, quando Paulo Garcia – que já estava prefeito, pois Iris renunciou para disputar o governo de Goiás anteriormente – superou Jovair, ele também derrotou outros seis nomes. Foram eles: Simeyzon (à época, PSC), 10,75%; Elias Júnior (PMN), 10,22%; Isaura Lemos (PCdoB), 3,34%; Professor Pantaleão (no PSOL, naquele momento), 3,16%; José Netho (antigo PPL), 0,31%; e Rubens Donizzeti (PSTU).
Nas duas eleições que vieram depois (2016 e 2020), ninguém mais levou em primeiro turno. Em 2016, Iris Rezende retornou. Na primeira etapa, o emedebista teve 40,47%, seguido por Vanderlan Cardoso (PSD), 31,84%; delegado Waldir (hoje União Brasil), 10,48%; Francisco Jr. (PSD), 9,31%; Delegada Adriana Accorsi (PT), 6,73%; Flavio Sofiati (PSOL), 0,83%; e Djalma Araújo (Rede), 0,35%.
No segundo turno, o ex-prefeito garantiu a vitória contra o hoje senador Vanderlan Cardoso. 57,7% dos eleitores optaram pelo emedebista, contra 42,3% do ex-prefeito de Senador Canedo.
Por fim, no último pleito, em 2020, Maguito Vilela (MDB) derrotou Vanderlan no segundo turno por 52,6% dos votos válidos, a 47,4%. No primeiro turno, o emedebista, que faleceu em janeiro de 2021 – sendo sucedido pelo vice, Rogério Cruz (Republicanos) -, teve 36,02% do eleitorado.
Em seguida vieram: Vanderlan, 24,67%; Adriana Accorsi, 13,39%; Gustavo Gayer (DC, hoje PL), 7,62%; Elias Vaz (PSB), 4,08%; Major Araújo (então PSL, hoje PL), 3,38%; Dra. Cristina (PL), 3,03%; Alysson Lima (Solidariedade, hoje PSB), 2,76%; Virmondes Cruvinel (Cidadania, hoje União Brasil), 1,63%; Samuel Almeida (Pros, à época), 1,22%; Talles Barreto (PSDB, hoje União Brasil), 0,94%; Manu Jacob (PSOL), 0,77%; Cristiano Cunha (PV), 0,23%; Fábio Júnior (UP), 0,17%; Professor Antônio (PCB), 0,06%; e Vinícius Gomes (PCO), 0,01%.
Neste ano, analistas veem poucas chances de vitória em primeiro turno. Entre os nomes, Vanderlan Cardoso deve retornar, assim como Adriana Accorsi e Gustavo Gayer. O prefeito Rogério Cruz também é pré-candidato à reeleição. Outras possibilidades são o ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot (MDB), além da filha de Iris, a advogada Ana Paula Rezende (MDB). Mais figuras devem participar do páreo.