Polícia diz que pais mataram bebê de 3 meses em ritual: “Oferenda ao diabo”
“Uma testemunha nos relatou que a mãe [da bebê] ligou para ela momentos antes dizendo que iria sacrificar a criança”, relatou o delegado Daniel Azevedo
Uma bebê de apenas três meses foi brutalmente assassinada pelos próprios pais em um ritual satânico, segundo conclusão de um inquérito policial divulgado nesta segunda-feira (5), na cidade de Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo. O crime ocorreu no dia 21 de julho e as investigações apontaram que a criança foi asfixiada como “oferenda ao diabo”.
Inicialmente, os pais apresentaram versões divergentes sobre a morte da bebê, culpando um ao outro. No entanto, durante as investigações uma testemunha, que relatou ter recebido uma ligação da mãe confessando o crime.
“Uma testemunha nos relatou que a mãe ligou para ela momentos antes dizendo que iria sacrificar a criança. Um tempo depois, ela telefonou novamente informando que havia concretizado o crime” disse o delegado Daniel Azevedo, da Delegacia Regional de Barra de São Francisco.
Apesar das confissões, os pais apresentaram versões distintas sobre os momentos que antecederam e sucederam a morte da criança. A mãe alegou que houve uma discussão com o companheiro e que a morte da bebê teria sido acidental. Já o pai culpou a adolescente, afirmando que ela teria sufocado a criança durante o sono
O pai da criança, um jovem de 21 anos, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado cometido por motivo torpe, asfixia e contra menor de 14 anos. Já a mãe, uma adolescente de 17, foi indiciada por ato infracional análogo aos mesmos crimes por ser menor de idade.
Ainda de acordo com o delegado, o casal já havia sido preso na data do crime. No entanto, durante as investigações, descobriu-se que os pais da criança a asfixiaram para fazer um ritual mágico, “oferecendo o bebê como oferenda ao diabo”.
O homem encontra-se preso e a adolescente internada na Unidade Feminina de Internação (UFI). Após a conclusão do caso, o inquérito policial foi relatado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES), que decidirá se oferece denúncia ou não durante a ação penal.
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