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sábado, 23 de novembro de 2024
Crise pós-eleição

Nicolás Maduro justifica prisão de 2 mil opositores na Venezuela

María Oropeza é dirigente da campanha eleitoral de Edmundo González

Postado em 7 de agosto de 2024 por Yago Sales
Nicolás Maduro justifica prisão de 2 mil opositores na Venezuela
País aguarda sentença definitiva sobre resultado da eleição | Foto: Reprodução

A oposição venezuelana  a Nicolás Maduro denunciou, na noite desta terça-feira (6), a prisão de María Oropeza, dirigente da campanha eleitoral de Edmundo González no estado de Portuguesa.

Ao mesmo tempo, o governo de Nicolás Maduro justifica as mais de 2 mil prisões dos últimos dias, alegando que são “terroristas” que estão atacando prédios públicos, forças policiais e lideranças chavistas.

Segundo as denúncias de opositores, a prisão de María Oropeza teria ocorrido sem decisão judicial. Não há, por enquanto, a confirmação dessa prisão por autoridades do país.

Segundo as organizações,“22 pessoas foram assassinadas, 1.062 detidas arbitrariamente e pelo menos 40 desaparecimentos forçados em apenas uma semana, marcando máximos históricos em comparação com outros ciclos de protesto. Esses atos de repressão se devem a padrões sistemáticos de perseguição anteriormente perpetrados pelas autoridades venezuelanas.”

O Partido Comunista da Venezuela (PCV) também denunciou uma suposta repressão política no país em comunicado feito nesta terça-feira (6) pelo secretário-geral da legenda, Oscar Figueroa.

Leia mais:  Oposição diz que violência é o último recurso de Nicolás Maduro

“Tivemos notícias de desaparecimentos forçados temporários; prisões de adolescentes; buscas arbitrárias e humilhantes nas ruas; invasões ilegais de domicílios e roubo de pertences; extorsão e ações de grupos parapoliciais em cumplicidade com forças estatais”, afirmou o dirigente.

“Terroristas”
Por outro lado, o presidente Nicolás Maduro justificou nessa terça-feira (6) as mais de 2,2 mil prisões realizadas nos últimos dias, dizendo que se tratam de “terroristas” e que há provas em todos esses casos.

“Eles atacaram transeuntes. Eles assassinaram pessoas que caminhavam por uma praça. Queimaram hospitais, clínicas, escolas, universidades. Queimaram 250 módulos policiais, queimaram prefeituras, queimaram sedes do PSUV [partido do governo] com gente dentro, que conseguimos salvar milagrosamente. Isso se chama protesto?”, questionou, citando o caso de uma famosa idosa chavista de 80 anos.

Sem citar a prisão de María Oropeza, o presidente venezuelano questionou o que seria feito nos Estados Unidos se uma pessoa defendesse o assassinato do presidente do país.

“Se nos Estados Unidos alguém aparece no WhatsApp, ou em rede social, ameaçando matar o presidente, o que acontece com ele? Cadeira elétrica. ‘Tum tum’ Abra a porta”, afirmou Maduro, imitando o som de uma batida na porta.

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