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sábado, 23 de novembro de 2024
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Justiça

STF mantém lei sobre investigação de acidentes aéreos

Corte garantiu que o Ministério Público e a Polícia Federal podem conduzir suas próprias apurações de forma independente

Postado em 14 de agosto de 2024 por Vitória Bronzati
STF mantém lei sobre investigação de acidentes aéreos
Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF) | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (14), manter a validade da lei que estabelece regras de sigilo e restrição ao compartilhamento de informações sobre investigações de acidentes aéreos. A decisão, tomada por 9 votos a 1, endossa a posição do Congresso Nacional, que aprovou a lei após amplo debate.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia questionado a norma, argumentando que ela impediria o Ministério Público e a Polícia Federal de investigarem os acidentes de forma plena. No entanto, o STF entendeu que a lei não impede a atuação desses órgãos.

A principal divergência reside na finalidade das investigações conduzidas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Conforme a legislação, o objetivo do Cenipa é prevenir futuros acidentes, identificando as causas e emitindo recomendações de segurança. Por isso, as informações coletadas não são destinadas a processos judiciais ou administrativos.

O Ministério Público e a Polícia Federal (PF) buscam a responsabilização criminal de eventuais irregularidades cometidas pelos fabricantes das aeronaves, pilotos, mecânicos e companhias aéreas.

A decisão do STF estabelece que o acesso às informações coletadas pelo Cenipa só pode ocorrer mediante requisição judicial. A PGR defendeu ainda que o Ministério Público e a Polícia Federal deveriam ter acesso simultâneo às apurações conduzidas pela Aeronáutica e a comunicação de indícios de crimes de forma obrigatória.

Com informações da Agência Brasil

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