Nesta segunda-feira (26), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação de busca e apreensão na residência do ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse. A ação faz parte da Operação Timóteo 6:9 e visa investigar a participação de Carlesse em possíveis crimes relacionados a fraudes em licitações realizadas na extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação do estado. Carlesse governou Tocantins de 2018 até março de 2022, quando renunciou após denúncias de corrupção.

Durante a operação, mais de 100 policiais estão cumprindo 30 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, em Palmas, Gurupi e Dianópolis. As investigações concentram-se em alegações de peculato, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

Investigação

A investigação da PF examina um contrato específico relacionado à locação de máquinas pesadas, caminhões, fornecimento de combustível e manutenção de equipamentos, destinado a atender os escritórios da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto). As autoridades buscam evidências de irregularidades e possíveis fraudes nesse processo licitatório.

Na semana passada, o atual governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, também foi alvo de um mandado de busca e apreensão. A ação visava aprofundar a investigação sobre o desvio de recursos destinados ao fornecimento de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19. Barbosa, que na época era vice-governador, alegou em nota que não tinha responsabilidades sobre as despesas relacionadas a esse programa e afirmou estar colaborando com as investigações.

Além de Barbosa, a operação incluiu buscas na residência da primeira-dama Karynne Sotero e dos filhos do casal, o deputado Léo Barbosa e Rérison Castro.