A expectativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é que os 27 governadores – dos estados e do Distrito Federal – compareçam a uma reunião marcada para o dia 27 de janeiro no Palácio do Planalto, em Brasília. Até lá, a saúde do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) já deverá estar estabilizada depois de uma cirurgia no coração em São Paulo. 

O período até o dia combinado será utilizado pelos governadores e governadoras para que componham o secretariado ou, para aqueles que são novatos na sua respectiva administração, tomar gerência do que tem às mãos.  

A informação foi dada pelo ministro da Casa Civil Rui Costa ao jornalista Gerson Camaroti, colunista do G1. Em seguida, a gestão petista pretende fazer reuniões periódicas, onde Lula deverá ouvir demandas trazidas pelo governadores, independentemente de partido ou ideologia. A ideia central também é que o governo federal faça parceria com os estaduais. 

“A ideia é reafirmar o retorno das relações federativas, onde o governo vai reafirmar o compromisso de diálogo com estados e municípios. Com isso, vamos estabelecer celeridade nas ações governamentais”, disse Rui Costa ao Gerson Camaroti.

O jornalista também publicou que haverá encontros temáticos, sobre saúde, educação, segurança e combate à fome. Nesses encontros, Lula vai querer saber sobre as obras paralisadas para que sejam retomadas.

“Vamos buscar capilaridade, proximidade e otimizar as ações do governo nos estados e municípios. Isso ajuda muito também na relação com o Congresso, uma vez que tenha algo pactuado com os governadores e prefeitos. Isso porque determinada proposta deixa de ser apenas do ministro ou do governo federal, mas sim de estados e municípios”, comentou o ministro Rui Costa.

Em coletiva de imprensa, Costa ainda complementou: “Queremos reuniões regulares ao longo do ano. Queremos estabelecer um fluxo de reuniões por temas […] A nossa sugestão vai ser que eles se reúnam antes e tragam uma proposta já discutida para não ter 27 opiniões em um dia”. 

Ele ainda disse que o encontro vai ser importante para estabelecer uma relação construtiva entre Lula e os governadores, retornando a afinidade entre estados e o governo federal. “A pauta é o retorno das relações federativas da União com os Estados e municípios, que ficou paralisada todos esses anos”. 

Reunião ministerial 

O presidente Lula também anunciou que vai se reunir com todo o primeiro escalão do governo – 37 ministros – para adequar a condução com que deve dar a temas mais abrangentes e, por isso, mais polêmicos. 

O encontro vem depois de divergências públicas entre ministros. Sobre isto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, observou, em comentário para jornalistas antes da cerimônia de posse da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva: “A reunião é para um alinhamento das ações de governo e alinhamento de procedimentos, garantindo uma ação coordenada e articulada da gestão, garantindo governança transversal. Garantindo método, diretrizes e que haja transversalidade do governo”, disse Costa a jornalistas, antes da cerimônia de posse de Marina Silva no comando do Ministério do Meio Ambiente.