João Campos deixará presidência do Republicanos, que já tem 4 pretendentes
Deputado federal João Campos (Republicanos) termina o mandato em 1º de fevereiro
O deputado federal João Campos (Republicanos) termina o mandato de 31 de janeiro para 1o de fevereiro. Atual presidente do Republicanos em Goiás, ele deixará o cargo ainda neste semestre. O próprio parlamentar confirmou a informação ao Jornal Hoje.
“Está definido que deixarei a presidência do Republicanos ainda neste semestre. O partido passará por reestruturação de sua direção em nove estados. O presidente [nacional do Republicanos] Marcos Pereira e eu já dialogamos sobre isso”, relatou sem citar os Estados.
Campos disputou o Senado na chapa do candidato ao governo Gustavo Mendanha (Patriota), no último ano. Ele terminou em quinto lugar com 11,07% dos votos válidos. Ficou atrás de Wilder Morais (PL), 25,25%; Marconi Perillo (PSDB), 19,8%; Delegado Waldir (União Brasil), 17,04%; e Alexandre Baldy (PP), 12,84%. E à frente de: Denise Carvalho (PCdoB), 9,45%; Vilmar Rocha (PSD), 1,77%; Manu Jacob (PSOL), 1,64%; e Leonardo Rizzo (Novo), 1,14%.
Sem mandato a partir do mês que vem, ele ainda não definiu os próximos passos. De acordo com o deputado, isto ainda está em fase de discussão. “Estou em fase de diálogo para definir qual será o novo projeto.”
Possíveis presidentes
Pelo menos quatro nomes se colocaram à disposição para substituir João Campos na presidência estadual do Republicanos. “Compete exclusivamente ao presidente Marcos Pereira definir quem me sucederá na presidência. Já se manifestaram com esta pretensão: Rogério Cruz, Rafael Gouveia, Jeferson Rodrigues e Hildo do Candango.”
Rafael Gouveia é deputado estadual e suplente de deputado federal. Ele teve 51,5 mil votos para a Câmara Federal. Da mesma forma, o ex-prefeito de Águas Lindas de Goiás, Hildo do Candango, ficou na suplência (a segunda), com 45,4 mil votos.
Favorito na disputa, conforme informações de bastidores, o deputado estadual Jeferson Rodrigues garantiu a única vaga do Republicanos na Câmara Federal. Ele teve 56 mil votos. Caso se confirme o nome dele, caberá ao parlamentar reestruturar o partido em Goiás.
“João Campos fez um grande trabalho à frente do partido em Goiás, mas a dinâmica da política mudou com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Seu perfil está muito identificado com o bolsonarismo, portanto, por uma questão estratégica é melhor ter Jeferson como interlocutor regional”, disse uma fonte sob sigilo à coluna Xadrez, ainda em dezembro.
Por fim, quem também está à disposição para assumir o comando do partido é o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz. O chefe do Executivo municipal, contudo, vive momentos de tensão com a Câmara de Goiânia e passa por momentos decisivos para saber se, de fato, será candidato à reeleição na capital.
Posição no governo
João Campos também falou sobre a posição da legenda no governo Lula. De acordo com ele, “o partido decidiu oficialmente – e eu participei dessa reunião – no final do ano passado que seremos independentes em relação ao governo Lula”.
Apesar disso, existem rumores que o partido sinaliza interesse em uma conversa com o presidente petista. Conforme apurado pelo colunista Wilson Silvestre, na Coluna Xadrez, Marcos Pereira articula discretamente para apoiar o PT no Congresso de olho na próxima vaga do Tribunal de Contas da União (TCU).