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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
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Vendas

Mercado de seminovos deve reaquecer só em julho de 2023

Estima-se projeção semelhante ao patamar do ano passado na venda de carros novos

Postado em 11 de janeiro de 2023 por Everton Antunes
Mercado de seminovos deve reaquecer só em julho de 2023
Estima-se projeção semelhante ao patamar do ano passado na venda de carros novos. | Foto: iStock

O mercado de veículos seminovos têm uma grande expectativa para o aumento das vendas, mas somente para o meio do ano que vem. A explicação vem do vendedor Kleber Alves que trabalha na Capital.  A opinião de Kleber coincide com o cálculo de Tereza Fernandez, economista e sócia da TF Consultoria: “a aproximação do final do primeiro semestre pode ser a melhor oportunidade para aquisição desses veículos”. Além disso, ela afirma que não há estimativa de crescimento na venda de carros novos neste ano.

Entre 2020 e 2021, a pandemia de Covid-19 se mostrou um desafio para o mercado automobilístico, uma vez que a escassez de peças e a interrupção da produtividade industrial diminuíram a oferta de carros novos no mercado. “Dessa forma, começaram a fabricar carros mais caros, de tal sorte que, mesmo vendendo uma quantidade menor, você conseguia manter a rentabilidade”, explica Fernandez.

A economista ainda acrescenta que, gradativamente, a conjuntura de alta nos preços de veículos novos regularizou-se somente no final do ano passado, no último trimestre – quando a oferta de peças para o setor foi normalizada. Como consequência, a demanda por carros usados tornou-se comum em 2020 e seguiu até o penúltimo trimestre de 2022.

Vendas 

Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) evidenciam o cenário pandêmico: em 2020, a proporção foi de 5 carros usados vendidos para cada 1 veículo novo comercializado no Brasil. Em 2021, houve alta: 6 carros usados vendidos para cada 1 veículo comercializado.

Além disso, a Fenabrave verificou, por meio de dados da Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), um aumento de 21% nas transações de automóveis e comerciais leves usados em dezembro e o total acumulado – ou seja, o total de veículos comercializados ao longo do último ano – de mais de 10,2 milhões de unidades. “Em 2022, houve um ajuste de mercado, mas ainda em um bom patamar de transações”, declarou Andreta Jr, presidente da Fenabrave.  

Por outro lado, o vendedor Kleber Alves avalia que o número de vendas de seminovos apresentou “queda brusca” durante a crise sanitária de Covid-19. Em Goiás, no ano de 2022, mais de 1800 automóveis foram vendidos em dezembro – houve aumento de em relação ao mês de novembro –, ao passo que o total acumulado foi superior a 21.400 unidades, aponta a Federação.

Expectativas

Tereza Fernandez ainda explica que, devido à lucratividade do setor de automóveis com a alçada dos preços de carros novos na pandemia, “tem espaço para não subir preços”. No entanto, dado o cenário de inflação em 2023 – algo em torno de 6%, segundo a economista –, que pode incidir sobre o preço de commodities importantes para o setor – ferro e plástico, por exemplo – os preços podem aumentar. 

Dicas

Além de avaliar as condições do veículo – a lataria, aspectos da mecânica e documentação –, a especialista adverte que é importante realizar uma ampla busca antes de adquirir um seminovo. “Talvez você consiga diferenciar o mesmo modelo, o mesmo carro do mesmo ano e com preços distintos em várias em várias lojas. Realmente pode ser uma oportunidade interessante, mas vai exigir muita pesquisa”, enfatiza. 

Aumento da frota

A frota de veículos em Goiás aumentou 3,5% no ano passado em comparação com 2020. Dados apresentados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO) mostram que o número de veículos saltou de 4,17 milhões para 4,23 milhões. Se levar em conta os últimos seis anos, o crescimento foi de 20,6%.

Segundo dados do Fórum de Mobilidade, a aquisição de veículos tem sido feita por pessoas com renda mensal entre R$2 mil e R$ 4 mil.

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