Entenda como a polícia de Barcelona criou “armadilha” para prender Daniel Alves
O jogador está detido desde a última semana, suspeito de agredir sexualmente uma mulher em boate de Barcelona
A polícia catalã chamada Mossos d’Esquadra criou uma “armadilha” para prender o lateral-direito Daniel Alves, em Barcelona. O jogador está detido desde a última semana, suspeito de agredir sexualmente uma mulher na boate Sutton, em Barcelona, na madrugada de 30 de dezembro de 2022.
O jornal espanhol El Correo aponta que, a partir da oitiva de testemunhas e da vítima, além da coleta de provas como as gravações das câmeras de segurança, foi possível traçar uma estratégia para que jogador retornasse à Espanha e fosse detido. Isso porque o Brasil não possui nenhum acordo de extradição com a Espanha, e caso Daniel voltasse ao país de origem, seria quase impossível prendê-lo.
Primeiro passo
A estratégia começou com o vazamento de informações à imprensa espanhola. Contribuiu com o plano a informação falsa de que o jogador esteve no banheiro com a vítima por apenas 47 segundos, o que deu a Daniel Alves uma sensação de segurança.
Em meio as notícias, Daniel gravou um vídeo para o programa Y Ahora Sonsoles, da Antena 3, negando as acusações e dizendo que desconhecia a mulher de 23 anos que o denunciou. A partir disso, os Mossos d’Esquadra observaram uma boa oportunidade para deter o jogador.
Plano em prática
A morte da sogra de Daniel Alves, María del Carmen Sanz, serviu de pretexto para atrair o brasileiro à ‘armadilha’. A polícia entrou em contato com a defesa de Daniel Alves e propôs uma reunião informal, cuja finalidade era esclarecer o que aconteceu no dia do crime.
Assim que aterrissou na Espanha, Daniel Alves começou a ser seguido pelas autoridades locais. Quando chegou para depor, ao lado da sua advogada, já ouviu a ordem de prisão e foi detido.
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Tatuagem
De acordo com o jornal El Mundo, uma tatuagem íntima que o atleta possui foi crucial para o levantamento de provas contra o jogador. Segundo o jornal, a vítima disse em depoimento se lembrar de um desenho em formato de meia-lua, que está localizado no abdômen e vai até a zona genital de Daniel.
Segundo a mulher, ela conseguiu identificar a tatuagem quando o jogador supostamente a trancou no banheiro e tentou forçá-la a fazer sexo oral.
A juíza questionou Daniel Alves sobre a tatuagem de meia-lua, uma vez que, segundo o jogador, ele estava “estava vestido e sentado” e seria impossível que a vítima identificasse o desenho.