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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Política

Marconi prega ousadia e faz balanço positivo de missão comercial à Oceania

Governador se apresentou como um desbravador muito interessado em despertar a atenção dos investidores, empresários e técnicos da Austrália e da Nova Zelândia pelo mercado goiano

Postado em 19 de fevereiro de 2016 por Redação
Marconi prega ousadia e faz balanço positivo de missão comercial à Oceania
Governador se apresentou como um desbravador muito interessado em despertar a atenção dos investidores

O último dia da agenda do governador Marconi Perillo (PSDB) na missão à Oceania foi recheado de constatações de que a vida, a economia e a cultura dos australianos e neozelandeses passaram a perceber melhor o Brasil e, especificamente, o Estado de Goiás. 

Marconi fez uma apresentação de Goiás e suas potencialidades na Câmara de Comércio de Auckland e convidou a conselheira de Comércio Internacional, Smitha Shahbhag, a visitar Goiás. Ela disse que incluirá Goiás na próxima missão internacional da Câmara de Comércio de Aukland.

Nessa palestra, Marconi estava acompanhado da cônsul-geral do Brasil na Nova Zelândia, Katia MacKenzie, do presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira, e outros empresários goianos. Ele esteve também no Ministério das Relações Exteriores e Comércio da Nova Zelândia, sendo recebido pelo diretor comercial, Malcom Milla, onde apresentou as potencialidades de Goiás e ouviu informações sobre a economia e a educação locais e os interesses comerciais dos neozelandeses.

Os dois países estão assustados com a desaceleração da economia da China, com quem mantêm uma estreita ligação econômica. Seja no meio econômico ou acadêmico, as atenções começam a se voltar para alternativas de diversificação que tirem a região da condição de dependência dos chineses.

Na Câmara de Comércio de Aukland, Marconi e comitiva perceberam a vontade de negociar, mas também a falta de projetos concretos, de negócios novos entre este país e os interessados brasileiros. A Câmara neozelandesa tem departamento de comércio com a América latina, mas quase nenhum dado sobre evolução dos interesses mútuos. O governador mostrou interesse em despertar a atenção dos investidores, empresários e técnicos que cumprem essa demanda regional por abertura de novas relações fora da Ásia.

Segundo Marconi, a ousadia de mostrar Goiás em países que pouco trabalham com o Brasil é a essência de sua missão comercial. “Perseguimos com muita obsessão a diversificação das relações comerciais que já ampliamos de menos de 50 para mais de 150 países nos últimos 16 anos”.  

Recebido para conhecer os detalhes do único curso de língua portuguesa que sobrevive na região oceânica, Marconi discutiu com os professores da universidade Victoria Institute for link with America Latina – VILLA – sobre o momento geopolítico complexo da América Latina, em especial Brasil, Argentina e Venezuela. Para ele, as fases da ditadura, redemocratização e desestatização vividas por latinoamericanos são componentes de uma considerável evolução dos países e suas instituições.

Ele lembrou que a fase de desestatização iniciada por Fernando Henrique, no Brasil, afastou a possibilidade de que grupos se apropriassem do mecanismo estatal, o que poderia ter resultado em retrocesso durante o período do presidente Lula. O governador pensa que atualmente o Governo Federal brasileiro adota discurso contra, mas uma prática liberal, cedendo espaço para que a iniciativa privada participe da gestão do governo, como é o caso das concessões de rodovias e aeroportos, por exemplo. “É claro que estamos ainda um passo atrás em relação ao desenvolvimento sustentável. Países como Chile, Peru, Colômbia, e agora até a Argentina com Maurício Macri, se abrem para um novo caminho de crescimento baseado em resultados para o país e não para seus grupos de poder”, disse.

Marconi caracterizou os movimentos populistas que criticam o neoliberalismo como responsáveis pela exclusão de países em acordos de livre comércio, por exemplo. Ele citou o “mau exemplo” da Venezuela como sinal de recrudescimento com ares totalitários e viés antidemocrático. “No Brasil, felizmente, as instituições estão consolidadas e têm conseguido sustentar os avanços e manter as perspectivas de um país mais voltado para resultados do que para aparelhamento partidário”. O governador classificou o momento do Brasil como promissor no sentido de que esteja havendo uma depuração política e jurídica que preconizam um futuro mais limpo e transparente.

Marconi também debateu o conceito de privatização da gestão do ensino. Encontrou muitos ouvintes, considerando que a oferta de serviços educacionais representa parte importante da economia neozelandesa. Explicou sua preocupação com a qualidade da educação que reclama uma profissionalização da gestão escolar, observando que “isso não tem nada a ver com privatização”. “Não estamos transferindo gestão conceitual ou curricular, mas enfrentando o desastroso resultado da gestão administrativa a que as escolas estão sujeitas, seja por conta de legislação, inexperiência e demora na consecução dos resultados”, observou.

Disse também que, depois de conhecer países que têm na educação parte importante do PIB, ficou mais convicto de que a gestão educacional tem de ser melhor gerida. Ele voltou a defender as OSs na educação em Goiás. Em entrevista, o governador comentou os resultados que viu na Nova Zelândia, considerado país campeão mundial em transparência governamental e fez um balanço positivo da missão comercial à Austrália e à Nova Zelândia. 

(Assessoria)

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