JÚNIOR BUENO

A safra do abacate, no Brasil, começa em fevereiro e se estende até maio. Como se pode imaginar, o fruto é originário do México. Alguém aí falou guacamole? Na verdade, o verdinho é hoje extensamente cultivado em regiões tropicais, inclusive nas Ilhas Canárias, na Ilha da Madeira e na Sicília. Se para o paladar da maioria dos brasileiros, que está acostumada a co­mer abacate com açúcar ou na forma de vitaminas, pode parecer estranho ver o abacate em versões salgadas, co­mo saladas, sopas e patês, saiba que para o resto do mundo, o estranho é encarar a fruta como algo doce. 

Mas é bom saber algo sobre esse fru­to tão camarada. Trata-se de um alimento que engorda, sim. Uma taça da fruta batida com açúcar tem 400 calorias. Mas não se esqueça de que a energia encontrada nessa fruta vem es­pe­cialmente do ácido oléico, o mes­mo encontrado no azeite de oliva, que é tão importante para as artérias. Abacate não ataca o fígado. Além disso, auxilia na recuperação de pessoas fracas e desnutridas, facilita no processo de digestão, elimina as dores e acaba com a prisão de ventre. 

Suas gorduras monoinsaturadas aumentam o bom colesterol (HDL) e diminuem o colesterol ruim (LDL).  Tem mais: como sua polpa possui fósforo, auxilia na formação dos ossos e dentes. Já o caroço do abacate moído e queimado, misturado ao leite, ajuda as pessoas com problemas renais e disenterias. Tudo na fruta pode ser aproveitado. As folhas, quando tomadas como chá, são digestivas. A infusão normaliza irregularidades da menstruação, elimina a tosse e cura as infecções da garganta.

Já que motivos não faltam para co­mer abacate, que tal quebrar a rotina e encarar versões diferentes do comum? O Essência separou duas receitas, uma salgada, molho pesto à base de abacate e outra doce.