Empresário será ouvido pela CPI
A Comissão, que investiga irregularidades no transporte intermunicipal de passageiros, colhe hoje depoimentos de Odilon Santos, da Empresa Rápido Araguaia
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga possíveis irregularidades no transporte intermunicipal de passageiros e nas empresas que exploram o serviço na região metropolitana de Goiânia, realiza uma reunião de oitivas nesta segunda-feira, às 15h, no Auditório Solon Amaral da Casa de Leis.
A pauta do encontro prevê as oitivas do empresário Odilon Walter Santos, que é presidente da empresa Rápido Araguaia, do ramo do transporte coletivo, e do presidente da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR), Ridoval Darci Chiareloto.
Esta CPI tem a finalidade de investigar supostas irregularidades na prestação de serviços do transporte rodoviário intermunicipal de passageiros, consistentes na prestação do serviço por empresas sem a devida concessão, permissão ou autorização e de forma clandestina.
O presidente da CPI, Humberto Aidar (PT), disse que não existe nenhum documento que autorize empresas do transporte intermunicipal a realizarem viagens no Estado de Goiás. Todas atuariam de forma ilegal, já que seria obrigatória a realização de licitações. “A Justiça só não acaba com essa farra, porque se trata de um serviço essencial, que não pode ser suspenso sem que haja uma solução, no caso, a licitação”, declarou.
Regras
O deputado disse que seu objetivo, ao propor a abertura das investigações, não é acusar ninguém, nem ir contra nenhum interesse. “O objetivo é que o transporte intermunicipal siga regras e tenha obrigações, para que a população tenha um serviço de qualidade”, finalizou.
Os depoimentos de Odilon e de Ridoval estavam marcados para a semana passada, mas eles não compareceram à Assembleia. O deputado Lincoln Tejota (PSD) criticou a atitude dos convidados. “Não estamos jogando o dinheiro do contribuinte fora. Essas pessoas têm que vir aqui. Não estamos aqui para caçar bruxas. O objetivo é devolver para o contribuinte goiano um transporte de qualidade”, salientou.