Prefeitura estuda Parcerias Públicas Privadas em resíduos
Gestão de resíduos sólidos e a administração de parques municipais estão entre os primeiros pontos que podem ter a participação de empresas privadas
A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) estuda firmar Parcerias Público Privadas (PPPs) para gerir boa parte das questões ambientais de Goiânia. A gestão de resíduos sólidos e a administração de parques municipais estão entre os primeiros pontos que podem ter a participação de empresas privadas. Os resíduos sólidos poderiam, na visão da administração da Capital, ser uma importante fonte de emprego, renda e desenvolvimento ambiental.
Entre as razões para isso está a quantidade insuficiente de profissionais da pasta para dar conta dos desafios que Goiânia precisa enfrentar para se tornar, de fato, sustentável e a capacidade de investimentos financeiros do Paço. O Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, encaminhado para análise do Conselho Estadual de Meio Ambiente, ainda não está em vigência, mas segundo o diretor de Gestão Ambiental da Amma, Henrique Labaig, já contempla essa possibilidade.
De acordo com a Amma, apenas 10% dos resíduos da Capital não têm condição de aproveitamento, sendo que todo o restante pode ter uma destinação rentável com práticas sustentáveis. “O que nós queremos fazer futuramente é que o aterro sanitário possa gerar lucro, por meio da geração de energia”, afirma Labaig.
Outro dado interessante, revelado por Labaig, é que 60% do que é destinado ao aterro sanitário refere-se aos resíduos da construção civil. Atualmente, apenas 3% da coleta da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) é reaproveitada pelas cooperativas de reciclagem.
Discussão
Na Câmara, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) realizou, ontem, uma audiência pública para discutir o Código com representantes da Amma, instituições classistas e setoriais. O vereador Elias Vaz (PSB) propôs a realização da audiência para evitar a apreciação do projeto “sem discussão com os moradores de Goiânia”.
O vereador sugeriu na proposta atual: a transferência da gestão do aterro sanitário da Comurg para a Amma, sob o argumento que a segunda tem corpo técnico mais qualificado; a inclusão de representantes da Comurg e do comércio no Comma, além de mais transparência no licenciamento ambiental. (Deivid Souza)