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sábado, 23 de novembro de 2024
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Droga

Drogas deixam 200 mil pessoas mortas por ano

Dados da ONU mostram que atualmente existem 27 milhões de toxicodependentes com problemas graves de saúde

Postado em 15 de março de 2016 por Sheyla Sousa
Drogas deixam 200 mil pessoas mortas por ano
Dados da ONU mostram que atualmente existem 27 milhões de toxicodependentes com problemas graves de saúde

Quase 200 mil pessoas morrem anualmente devido ao consumo de narcóticos ilegais, entre sobredoses e outros problemas associados, afirmou ontem, em Viena, o diretor executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, sigla inglês), Yuri Fedotov.

Yuri Fedotov discursou na abertura de uma reunião da Comissão de Estupefacientes das Nações Unidas (CEONU), iniciada ontem na capital austríaca, que conta com a presença de ministros e de altos responsáveis de 53 países. Participaram também instituições e organismos internacionais, com vistas a consensualizar posições para a próxima sessão especial sobre drogas da Assembleia Geral da ONU, de 19 a 21 de abril.

Segundo Fedotov, atualmente existem 27 milhões de toxicodependentes com problemas graves de saúde, em que 12 milhões deles utilizam drogas injetáveis, como a heroína.

O diplomata russo sublinhou que o tráfico de drogas e as enormes receitas que gera constituem um “grande problema” em várias regiões do mundo, entre elas a América Central.

“As crescentes ligações entre os grupos do crime organizado e a violência extremista e terrorista se beneficiam do tráfico de drogas”, lembrou Fedotov, que lamentou que os programas de prevenção, tratamento e reabilitação de consumidores “continuem escassos em muitos países”.

Apelando aos vários países para que apliquem medidas baseadas no respeito pelos direitos humanos, com base em programas de prevenção e de reinserção social, Fedotov afikrmou que há alternativas à detenção por delitos menores, como a posse de droga para consumo pessoal.

Com essas medidas, disse, evita-se que os indivíduos vulneráveis na prisão possam ser recrutados por criminosos ou mesmo por terroristas.

Fedotov destacou também que a aplicação da pena de morte por delitos relacionados com drogas “não está nem na letra nem no espírito das convenções internacionais”.

Numerosas organizações não governamentais mostraram-se críticas ao atual enfoque internacional no combate ao tráfico de drogas e têm defendido uma revisão na próxima reunião da Assembleia Geral da ONU, em abril, a primeira em quase duas décadas.

Segundo um relatório recente da ONG Harm Reduction International, com sede em Londres, anualmente, em todo o mundo, são investidos 100 mil milhões de dólares (Agência Brasil)

 

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