Fla-Flu volta ao Pacaembu
Rivais se enfrentam em São Paulo pela Taça Guanabara após 74 anos
Em 12 de março de 1942, Flamengo e Fluminense empataram em 0 a 0 no Pacaembu. Neste domingo, de volta a São Paulo, os times voltam a se enfrentam num Fla-Flu que gerou interesse mesmo a 350 km de suas sedes. Até às 17h de ontem, 26 mil entradas haviam sido vendidas. A carga total é de 37 mil ingressos. O jogo será o primeiro entre Muricy Ramalho e Levir Culpi à frente de times do Rio.
Apesar das origens cariocas, os dois adversários têm jogadores com passagem marcante pelo palco do clássico de hoje. Jogador mais regular do Flamengo no ano, o paulistano Willian Arão jogou pelo Corinthians, e foi lá que ganhou espaço para ser chamado por Tite para compôr a delegação que, em 2012, foi campeã mundial no Japão. Mas foi antes mesmo de se tornar profissional que o volante construiu sua história no Pacaembu.
No gramado em que comandará o meio-campo rubro-negro hoje, ele se sagrou campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2010 pelo São Paulo. Então com 18 anos, Arão começou no banco de reservas a partida contra o Santos. No time, alguns nomes que ganhariam fama internacional: Lucas, do Paris Saint-German, da França, e Casemiro, do Real Madrid, da Espanha. Do outro lado, o camisa 10 era Alan Patrick. Arão entrou em campo na volta do intervalo, quando o time perdia por 1 a 0. A quatro minutos do fim, o São Paulo empatou e venceu nos pênaltis por 3 a 0.
Apesar de não ser paulista, é inegável a relação que Guerrero construiu na cidade ao se tornar ídolo do Corinthians. A ponto de, perguntado pelo GLOBO, dizer que prefere São Paulo como cidade e o Rio como praia. No estádio, o peruano marcou 12 gols que o ajudaram a construir uma forte identificação com a torcida corintiana. Apaixonado por turfe e dono de cavalos em Lima, no Peru, o camisa 9 rubro-negro batizou de Pacaembu um de seus puros-sangues.
No tricolor, os “manos” de origem são apenas dois: Gum e Diego Cavalieri, que têm relações distintas com o estádio. O zagueiro teve sua formação no interior do estado de São Paulo, no Marília, e na Ponte Preta. Mas foi vestindo a camisa da equipe de Campinas, no Pacaembu, que ganhou notoriedade. A ponto de, poucos meses depois, ter sido contratado pelo tricolor.
Neste domingo, o tricolor aposta na volta de um mineiro para vencer o primeiro clássico do ano. Apesar de o técnico Levir Culpi não ter confirmado, Fred participou do último treino antes da partida e se mostrou recuperado. O capitão não joga desde o fim de fevereiro, na derrota para o Botafogo. (Agência Globo)