Ipasgo reajusta tabela atuarial
A partir do dia dez de abril, o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (IPASGO) irá cobrar reajuste feito em relação à tabela atuarial referente ao mês de março. O ajustamento aplicado é de 10,71%. Valor relativo à inflação de um ano após a última correção feita em fevereiro do ano passado que […]
A partir do dia dez de abril, o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (IPASGO) irá cobrar reajuste feito em relação à tabela atuarial referente ao mês de março. O ajustamento aplicado é de 10,71%. Valor relativo à inflação de um ano após a última correção feita em fevereiro do ano passado que chegava aos 9,95%. Cerca de 48% dos usuários que correspondem aos familiares dos servidores serão afetados com essa nova medida.
Segundo a assessoria da direção do Ipasgo, a regulação do valor é necessária para que o plano continue em vigor e para repor as perdas de custo em consequência das melhorias no local, entre elas o atendimento prático, manutenção na rede. Eles afirmam que possivelmente em março do próximo ano seja calculado um novo reajuste.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Goiás (Sindipúblico), Thiago Villar, cita que outro motivo para o aumento do valor seria um possível déficit no Ipasgo. O presidente afirma que o Sindipúblico é contra a idéia e que sugeriu outras medidas para o não aumento, entre elas planejar uma organização econômica e a redução de alguns gastos administrativos, porém não foram acatadas.
Villar explica que essa mudança na tabela atuarial afeta o servidor, pois a mudança não estava nos planos dos servidores e como muito deles arcam com a despesa, o aperto no bolso é real. O reacerto está de acordo com a inflação, porém o Sindpúblico crê que poderia ser utilizada outra forma de cálculo sem ser pela inflação. “Acreditamos que esse percentual poderia ser menor.”
Abusivo
A Professora, Maria Ivete Guimarães, acha que o reajuste é algo normal, porém o mesmo só acontece nas despesas, o salário do servidor não é reajustado. “Com isso, nota-se uma grande contradição da realidade, o valor cobrado não corresponde ao serviço”, relata.
Para José Eustáquio Ribeiro, o montante também não equivale ao serviço prestado pelo Ipasgo. Ele conta que a falta de especialistas é real e que em comparação ao valor cobrado pela última reforma, esse cálculo é abusivo demais. “Por causa da demora do repasse do governo, alguns médicos deixam de atender como forma de protesto, e isso nos afeta” desabafa.
O Assistente de Gestão Administrativa, Olívio de Oliveira, 28, acha o cálculo do valor muito ruim, devido à tabela de médicos estar menor. “A carência de especialista nos prejudica e o serviço prestado não acompanha o valor cobrado”, afirma. (Elder Dorneles)