Moradores de áreas de risco são indiciados
Eles responderão por ter construído em Área de Preservação Permanente, as moradias estão às margens do Córrego Anicuns
Deivid Souza
Moradores de áreas de risco dos setores São José e Gentil Meirelles estão sendo acionados na Justiça por construir edificação em local proibido. A ação movida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) é o resultado da conclusão do inquérito que apurou as circunstâncias do alagamento dos dois setores na noite do último dia 19 de janeiro, quando cerca de 700 pessoas ficaram desalojadas.
Os 14 indiciados, segundo o delegado, Luziano Carvalho, responderão por ter construído em Área de Preservação Permanente (APP), as moradias estão às margens do Córrego Anicuns. A lei prevê pena de até um ano e ainda pode ser aplicada pelo juiz multa com valor entre R$ 10 mil e R$ 100 mil. Nem todas as pessoas que estão na mesma situação serão processadas. “São aquelas pessoas mais esclarecidas, essas são mais responsáveis, construíram edificações de médio porte em áreas bem próximas aos mananciais, ou seja, edificar em área não edificável é crime ambiental”, explicou o delegado.
Relembre
A forte chuva do dia 20 de janeiro atingiu mais de 400 casas foram invadidas pela água também nos bairros: Vila Roriz; Vila Perdiz; Vila Monticelly; Setor Progresso, Santa Helena, Gentil Meirelles e Urias Magalhães. O HOJE acompanhou as várias histórias de famílias que tiveram dificuldades para sair das residências, e que acabaram perdendo tudo que tinham. (Leia mais a respeito na versão impressa de O HOJE desta quinta-feira).
(Foto: Divulgação DEMA)