Zoológico atrai visitantes da capital e interior de GO
Parque ainda deixa a desejar quanto à variedade de animais, mas é aprovado por visitantes no que diz respeito à organização
Karla Araujo
Todas as semanas, pelo menos quatro mil pessoas passam pelo Parque Zoológico de Goiânia. Com 522 animais, sendo 212 aves, 175 mamíferos e 135 répteis, o local segue firme como um dos principais pontos turísticos da capital, atraindo não apenas os goianienses, mas pessoas de outras cidades também, principalmente do interior do Estado.
O promotor de marketing Ronner Mendes, 33, é de Caldas Novas e veio à Goiânia na última semana para fazer compras com a família. Ele aproveitou a oportunidade para visitar o parque com a esposa Miriam Nascimento Mendes, 27, e o filho Cauã, 5. Para Ronner, o parque ainda pode melhorar muito. Ele reclama dos vidros sujos e arranhados das jaulas dos felinos e da pouca variedade de animais.
Essa é a mesma reclamação de Francielly Antunes de Faria, 23, e Gian Carlo da Cruz Silva, 27, que foram ao parque pela primeira vez com a pequena Stella, de 1 ano e um mês. “São muitas aves e répteis, mas sentimos falta de ver bichos diferentes como girafa e elefante”, lamenta Francielly.
De acordo com a supervisora técnica do parque, Rita Figueiredo de Carvalho, a administração do zoológico tenta trazer novos animais para a instituição, mas isso depende também da disponibilidade de outros zoológicos. A prioridade é conseguir companheiros para animais que estão sozinhos, como algumas espécies de cobras, o avestruz, veado catingueiro e macaco da noite.
Investimento
Para ajudar no monitoramento dos animais e visitantes, o parque solicitou à prefeitura um sistema de câmeras de segurança, mas o pedido ainda não foi atendido. Com isso, os funcionários precisam ficar atentos quanto ao comportamento dos visitantes para que os animais não sejam alimentados de forma inadequada
A supervisora explica que os 110 funcionários conseguem suprir a demanda, “mas as câmeras com certeza ajudariam no trabalho”. “No fim de semana o público é maior e os funcionários não conseguem olhar tudo. Quando observamos um comportamento suspeito, abordamos o visitante”, afirma.
Até 2012, quando terminou a reforma de três anos do zoológico, cerca de 200 animais morreram no parque, entre bichos de responsabilidade da instituição e emprestados de circos e fazendas. O zoológico foi fechado em 2009 depois de uma série de mortes de animais. Mas, segundo Rita, a interdição do parque aconteceu por causa da reforma e não devido à morte dos bichos.
Educação Ambiental é foco de visitas agendadas
Entre os projetos desenvolvidos dentro do parque está o Núcleo de Educação Ambiental, administrado em parceria pela Secretaria Municipal de Goiânia e o Zoológico. Pelo programa, visitas de escolas são agendadas de segunda a sexta-feira. A maior parte das instituições é municipal, mas o parque também recebe alunos da rede estadual, federal e particular. Estão autorizadas apenas crianças maiores de cinco anos e grupos com mais de cinco pessoas.
A pedagoga Ana Grazielle da Silva Souza trabalha na Escola Municipal Maria Odete Augusta de Brito e vai todos os anos com os alunos em visita agendada ao parque. “Eles gostam muito. É uma aula prática e muitos têm oportunidade de fazer um passeio que nunca fizeram com a família”, afirma a professora.
Divina Célia da Silva Castro é pedagoga e uma das responsáveis pelas palestras ministradas às crianças e adolescentes. A professora explica que o ano é dividido em quatro bimestres e em cada um deles a equipe trata de um tema. Até o fim de abril, o assunto apresentado aos estudantes é “Água: um recurso ameaçado”. “Nosso objetivo é envolver os estudantes em uma aula prática e explicar a relação do tema trabalhado com os animais e com o ser humano”, conta Divina.