Deivid Souza

O surto de gripe H1N1 em Rio Verde, a 238 quilômetros de Goiânia na Região Sudeste de Goiás, deixa em alerta a Secretaria de Estado da Saúde (SES). A morte de uma adolescente de 17 anos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada por H1N1 e o fato de outras três pessoas estarem internadas em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) por causa da doença fez com que a pasta tomasse várias medidas para tentar conter o avanço do vírus.

Além disso, uma força tarefa está trabalhando para acompanhar e atualizar os dados de SRAG e H1N1 no Estado. Até a manhã de ontem, a SES divulgou que em Goiás ocorreram 21 casos de SRAG em 2016. Em Rio Verde, foram três óbitos por causa do problema, destes um foi causado por H1N1. Outras quatro pessoas estão internadas em UTI no município por causa da SRAG, três delas já tiveram confirmação de que o vírus H1N1 provocou a síndrome. Um caso de H1N1 chegou a ser divulgado pela SES em Acreúna, a 153 quilômetros da Capita,l no Sul do de Goiás, mas foi descartado pela pasta ontem.

Desde a última sexta-feira (25), 25 mil doses da vacina contra a gripe, o que inclui o vírus H1N1 da doença, estão disponíveis na rede de saúde de Rio Verde para imunizar grupos de risco formado por: mulheres que tiveram filho recentemente; crianças menores de cinco anos e idosos. Essas doses são da versão 2015 da proteção contra a gripe, mas a partir do dia 20 de abril começa a campanha nacional de imunização contra a gripe, e uma nova vacina será disponibilizada em todo Brasil. Isso acontece porque os vírus da gripe, também chamada de influenza, modificam-se e é necessário uma atualização anual da vacina para que ela possa proteger contra maior número de vírus.

Também foi enviada uma remessa do medicamento usado no tratamento do H1N1, o Tamiflu, para o município. Além das pessoas infectadas, que são mantidas em UTI com isolamento, os familiares das vítimas estão recebendo o remédio de maneira preventiva. “Em Rio Verde todas as unidades de saúde estão plenamente abastecidas. Nós aqui na unidade central temos, e havendo necessidade, qualquer descrição, caso, nós imediatamente forneceremos o Tamiflu que tem em abundância no Estado”, disse o secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela.

Além disso, uma força tarefa está trabalhando para acompanhar e atualizar os dados de SRAG e H1N1 no Estado. Até a manhã de ontem, a SES divulgou que em Goiás ocorreram 21 casos de SRAG em 2016. Em Rio Verde, foram três óbitos por causa do problema, destes um foi causado por H1N1. Outras quatro pessoas estão internadas em UTI no município por causa da SRAG, três delas já tiveram confirmação de que o vírus H1N1 provocou a síndrome. Um caso de H1N1 chegou a ser divulgado pela SES em Acreúna, a 153 quilômetros da Capita,l no Sul do de Goiás, mas foi descartado pela pasta ontem. 

Vírus H1N1 é mais agressivo nos pulmões 

A gripe H1N1 tem os mesmos sintomas dos outros tipos de vírus da doença (influenza B, gripe sazonal, gripe A). No entanto, o vírus H1N1 agride mais os pulmões, podendo provocar falta de ar mais importante, o que configura o quadro de SRAG. De acordo com o médico infectologista do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Alexandre Costa, a doença é mais perigosa para idosos, crianças, diabéticos, obesos mórbidos, cardiopatas e gestantes. Para ele, a vacina é segura e imprescindível nestes casos. “A chance de uma reação (adversa) é muito baixa”. Ele ressalta que “não tem porque não se vacinar”.

Além da vacina para os grupos de risco, Costa lembra que a população em geral deve evitar: “local com grande aglomeração de pessoas; viagens por longas horas em aviões ou em ônibus, e se for fazer viagem e perceber que a pessoa do lado está tossindo ou espirrando, pedir a aeromoça para que ele use uma máscara para não contaminar; ambientes fechados e assim que a vacina for disponibilizada, se a pessoa for público alvo, faciná-lo”, aconselha.

O médico lembra ainda que, caso a pessoa tenha se submetido a viagens e apresente sintomas da gripe é importante procurar atendimento e informar todo histórico ao profissional de saúde para que possa receber o tratamento adequado.

Orientação

Como a gripe é transmitida por meio de secreções. A SES recomenda que as pessoas também façam a higienização das mãos com regularidade, usem lenços descartáveis ao tossir ou espirrar e usar sempre álcool a 70%.

Em 2015, ocorreram 64 óbitos por SRAG e 328 casos foram notificados pela síndrome. No entanto, apenas um caso foi confirmado para H1N1. Este ano, já foram 21 casos de SRAG. O caso de Rio Verde foi atribuído ao H1N1 e resultou em morte.