Traumas na face já atingem 30 mil
Os traumas faciais acontecem todos os dias e têm várias causas, como agressões físicas, quedas, acidentes esportivos, automobilísticos, ciclísticos e motociclísticos. No Brasil cerca de 30 mil pessoas são vítimas de trauma na face todo ano. Para evitar essas situações traumáticas é importante tomar alguns cuidados, como usar o cinto de segurança dentro de automóvel […]
Os traumas faciais acontecem todos os dias e têm várias causas, como agressões físicas, quedas, acidentes esportivos, automobilísticos, ciclísticos e motociclísticos. No Brasil cerca de 30 mil pessoas são vítimas de trauma na face todo ano.
Para evitar essas situações traumáticas é importante tomar alguns cuidados, como usar o cinto de segurança dentro de automóvel e não exceder o número de ocupantes no carro. Os motociclistas devem sempre fazer o uso do capacete, para evitarem traumas faciais e protegerem-se a região da cabeça contra o solo. Já no caso dos esportes, o atleta pode usar uma placa (protetor bucal) que promove separação dos tecidos moles dos dentes, prevenindo a laceração dos lábios contra os dentes durante o impacto, além de reduzir e distribuir as forças nos impactos diretos. De acordo com a Dra. Cristina Jardelino, do Centro de Deformidades da Face do Rio de Janeiro, essas pequenas ações podem diminuir em até 72% o risco e a gravidade de lesões.
Só em 2013, os acidentes de trânsito no Brasil resultaram em aproximadamente 170 mil internações, 88 mil delas causadas por moto. Segundo o Ministério da Saúde, os acidentes com motos são responsáveis por um aumento de 115% no número de internações em hospitais públicos. Por ano essas internações custam quase R$ 30 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Anualmente, segundo um levantamento da National Youth Sports Foundation, mais de 5 milhões de dentes são perdidos em acidentes esportivos e mais de 200 mil traumas orais são evitados graças aos protetores bucais, revela o American Dental Association.
Essas fraturas faciais causadas por acidentes podem acometer a Mandíbula, Maxilar, Dentes, Arco Zigomático, Órbita, Osso Frontal e Nariz, sendo o nariz a estrutura com maior índice de fraturas na face. “A cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial é a especialidade que faz o diagnóstico e o tratamento cirúrgico e coadjuvante de traumatismos na face e boca, envolvendo tecidos moles como lábios, pele e músculos até os ossos do crânio e face, como nariz, maxila mandíbula e órbita”.
O CDF Rio realiza o tratamento dessas fraturas de diversas formas, podendo fazer um simples bloqueio maxilomandibular, até a colocação de próteses de titânio nas regiões da face, através de acessos extras ou intra bucais, segundo a Dra Cristina Jardelino.
Esses tipos de fraturas da face devem ser diagnosticados e tratadas o mais breve possível para evitar sequelas como Diplopia ocular (enxergar duplo), parestesias (dormências na face), má-oclusão dentária (encaixe errado dos dentes), mordida aberta, anquilose de ATM (limitação da abertura bucal), mordida aberta, entre outras.