Apenas um ministro de Temer não recebeu de empresas da Lava Jato
Dentre os 13 ministros do governo interino, 12 receberam doações de empresas investigadas pela Lava Jato nas campanhas eleitorais de 2014
Da redação
Pelo menos 12 dos 13 ministros nomeados por Temer (PMDB) receberam dinheiro de empresas envolvidas no esquema da Lava Jato. As doações foram feitas em 2014, durante campanhas de cargos eletivos. Os recursos foram repassados de maneira legal e estão declarados na Justiça Eleitoral.
O único ministro do governo interino que não teve campanha irrigada pelas empresas investigadas é Ronaldo Nogueira, que assumiu o Ministério do Trabalho.
Por outro lado, José Serra (Relações Exteriores), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Ricardo Ramos (Saúde), Bruno Araújo (Cidades), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Osmar Terra (Desenvolvimento agrário e Social), Leonardo Picciani (Esporte), Mendonça Filho (Educação e Cultura), Raul Jungmann (Defesa), Maurício Quintella (Transportes, portos e aviação) e Blairo Maggi (Agricultura) receberam doações de empresas da Lava Jato.
Benefício
Do grupo, o mais beneficiado foi Henrique Alves (PMDB). O atual ministro concorreu ao cargo de governador do Rio Grande do Norte, ocasião em que declarou ter recebido R$ 7,8 milhões da Odebretch e Queiroz Galvão à Justiça Eleitoral.
Já Geddel Vieira recebeu R$2,3 milhões da UTC, Banco BCG Pactual e Odebretch durante a campanha ao Senado pelo PMDB da Bahia. Serra não ficou atrás, o tucano recebeu R$ 1,2 milhão da OAS e R$856 mil da Andrade Gutierrez.
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