Oposição trabalha para barrar data-base parcelada
A proposta do Paço, a ser enviada à Câmara, projeta dividir o reajuste dos servidores da prefeitura de Goiânia, de 9,28%, em três vezes
Sara Queiroz
Vereadores da oposição já começaram a se movimentar contra o projeto de lei que concede reposição salarial anual aos funcionários públicos do município de Goiânia, que o prefeito Paulo Garcia (PT) deve enviar â Câmara nos próximos dias. Isso porque eles não concordam com a proposta do Paço de dividir o pagamento da data-base, de 9,28%, em três parcelas.
A base de apoio ao petista tem afirmado que fará esforço para aprovar a data-base do funcionalismo, mas a oposição pretende mostrar que a vitória do prefeito não será fácil.
Elias Vaz (PSB), por exemplo, disse que a possibilidade do prefeito dar calote nos servidores existe, e que não aceita a proposta apresentada pelo Paço. “A prefeitura parcela para dezembro, porque ela não vai pagar, né? Quando chegar ao fim do último mês ela vai falar que não tem dinheiro e vai deixar para o outro prefeito pagar. Isso é óbvio, está na cara”, criticou.
O pessebista também afirmou que a posição da prefeitura, nesse momento, é oportunista e “está jogando para o próximo prefeito resolver essa questão”. Vaz afirmou que vai defender o pagamento integral da reposição, “que é o direito”, quando a matéria começar a ser discutida em plenário.
O líder do prefeito, Carlos Soares (PT), rebateu as críticas e disse que a oposição “não tem bola de cristal para dizer se vai ter calote”. Clécio Alves (PMDB) diz ter informação de que o Paço não conseguirá pagar as últimas três folhas do funcionalismo nesse ano. “Prefeito encerrará o mandato de forma melancólica e desastrosa”.