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domingo, 24 de novembro de 2024
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Economia

Vazio Sanitário da Soja começa em julho em Goiás

Objetivo de medida é contribuir com a prevenção ao avanço de doenças. Desrespeito pode comprometer produtividade

Postado em 17 de junho de 2016 por Sheyla Sousa
Vazio Sanitário da Soja começa em julho em Goiás
Objetivo de medida é contribuir com a prevenção ao avanço de doenças. Desrespeito pode comprometer produtividade

O Vazio Sanitário da Soja será de 1º de julho a 30 de setembro em todo o Estado de Goiás. O período de ausência total de plantas vivas – voluntárias ou cultivadas – no campo, deve ser cumprido pelo produtor rural. Se desrespeitado pode comprometer a sanidade e a produtividade da cultura na próxima safra. O principal objetivo do vazio sanitário é o controle do fungo da ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), mas o sojicultor também pode ter outros inimigos como a mosca branca (Bemisia tabaci biótipo B) e a lagarta Helicoverpa armigera, que também provocam perdas nas lavouras.

O vazio sanitário traz benefícios como menor custo de produção, aumento da produtividade e redução no uso de agrotóxico para controle da ferrugem, reduzindo assim a exposição do trabalhador rural a agentes químicos nocivos à saúde e menos produtos lançados ao meio ambiente.

Palestras

Profissionais da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) ministraram palestras sobre o Manejo Integrado de Pragas da Soja (MIP) e seu Controle Legislativo para os produtores e técnicos de Porangatu na semana passada. O pesquisador da Embrapa Edson Hirose contextualizou as principais pragas da cultura da soja e o seu manejo, evidenciando a importância do vazio sanitário e da destruição de restos das culturas, bem como a importância do monitoramento da lavoura para a interrupção do ciclo das pragas.

O outro assunto foi abordado pelo coordenador do Programa de Soja,Juliano Magalhães Barbosa, sobre o controle legislativo da ferrugem asiática da soja, onde foram apresentados o período do calendário de semeadura (1º de outubro a 31 de dezembro), a importância da destruição de restos culturais e tigueras e a obrigação do cumprimento do período do Vazio Sanitário (1º de julho a 30 de setembro).

A ferrugem é praga específica da soja, a mosca branca e a helicoverpa, além da soja atacam as culturas de grande importância econômica como algodão, tomate e milho, produtos estes que fazem parte da pauta de exportação e têm participação importante na composição do PIB de Goiás. O sojicultor pode optar pela destruição mecânica (por meio do uso de grades tratorizadas) ou química (com uso de herbicidas específicos) para eliminar os restos culturais.

Durante os 90 dias de vazio sanitário fica proibido o cultivo comercial de soja.  

Fungo provoca desfolha precoce na planta 

O principal dano provocado pela ferrugem é a desfolha precoce, que impede a completa formação dos grãos. A disseminação do fungo é feita, principalmente, pelo vento e sua sobrevivência depende de plantas vivas hospedeiras que podem ser a própria soja, ou plantas daninhas.

A mosca branca (Bemisia tabaci biótipo B) não é considerada praga principal da soja, entretanto esta cultura tem servido de hospedeira e multiplicadora da praga, fazendo com que a cultura seja considerada ponte verde. Alguns sintomas tem sido observados na soja que supõem serem danos provocados pela mosca branca, porém ainda não comprovados cientificamente.

A mais recente praga a preocupar o produtor rural, a lagarta Helicoverpa armigera provoca danos em diversas culturas. É muito agressiva, ataca principalmente frutos, botões florais, vagens e grãos, podendo alimentar-se também de brotações novas. Na última safra, a praga ocasionou grandes prejuízos aos produtores em diferentes culturas e regiões do País. (Goiás Agora)

 

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