Ingrid Reis 

A falta de segurança em Cais de Goiânia continua mesmo após
o jornal O Hoje relatar a falha na proteção de funcionários e pacientes da
unidade de saúde, em matéria do dia 15 de junho. De acordo com profissionais que
trabalham no Cais Jardim Guanabara II, nesta sexta-feira (17) a unidade recebeu um paciente
baleado e não havia nenhum guarda civil para vigiar a porta, caso o suspeito de
tentar matar o homem ferido voltasse. Casos como o de hoje são comuns, segundo
os colaboradores da unidade.

Dominique (nome fictício) explica que enfermeiros e técnicos
já foram agredidos por pacientes, e nesses dias não havia nenhum policiamento
no Cais.  “Trabalhamos com medo, já houve
caso de um paciente soro positivo chegar à unidade e ameaçar infectar todo
mundo com um estilete”, recorda. Ainda de acordo com Dominique, apenas uma
equipe da Guarda Civil Metropolitana trabalha no local, mas não são todos os
dias.

De acordo com o subcomandante da GCM, Vladimir Passos,
existe uma equipe escalada para estar no Cais Jardim Guanabara II, no entanto, por
causa da greve, pode ser que os guardas tenham paralisado o serviço. Passos
explicou ainda que todos os dias uma equipe realiza a fiscalização dos guardas.
“Caso seja constatado que um profissional que foi designado para ir para um
local tenha faltado é aberto uma sindicância”, declarou.  

Em nota a Secretaria Municipal de Saúde informou que tem repassado orientações quanto à segurança aos profissionais das unidades de saúde que funcionam 24h, para ser seguidas no período em que a Guarda Municipal permaneça em greve. Ainda de acordo com a noto, é recomendado a todas as unidades solicitar sempre o apoio da Polícia Militar em casos suspeitos de ameça à segurança, além de manter apenas uma porta da unidade entreaberta.