Justiça nega soltura de presos da Operação Saqueador sem tornozeleira eletrônica
Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que os presos foram transferidos do presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte do Rio de Janeiro, para o presídio Bangu 8, em Bangu
O Plantão Judiciário da Justiça Federal no Rio de Janeiro negou hoje (2) à tarde, o pedido de prisão domiciliar sem tornozeleiras eletrônicas dos cinco presos na Operação Saqueador da Polícia Federal. Ontem (1), o desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, concedeu prisão domiciliar para Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira; Adir Assad; Marcelo Abbud; Cláudio Abreu e Fernando Cavendish. Entretanto, devido à crise financeira do governo do Rio, faltam tornozeleiras eletrônicas.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que os presos foram transferidos do presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte do Rio de Janeiro, para o presídio Bangu 8, em Bangu, zona oeste, onde ficam os presos com curso superior. Ainda segundo a Seap, somente na quinta-feira (7), as novas tornozeleiras devem chegar.
O advogado de Marcelo José Abbud e Adir Assad, Miguel Pereira Neto, disse que resta uma petição simples a ser apreciada pelo Plantão Judiciário e tem esperanças de que seus clientes sejam soltos ainda hoje. “Ainda acredito que, por uma questão de coerência e razoabilidade, o tribunal vai decidir ainda hoje que eles devem esperar em casa pelas tornozeleiras. Mas se o tribunal proibir, cabe uma reclamação, quando uma instância originária descumpre uma decisão do tribunal, que é uma instância superior”, explicou.
Segundo o advogado, Abbud tem uma condição diferenciada por possuir tornozeleiras desde que foi condenado no processo da Lava Jato. (EBC)