Manifestantes marcham contra a saída da UE
Convocada pelas redes sociais, ingleses vão às ruas pela permanência do Reino Unido na União Europeia
Milhares de pessoas se reuniram em Londres em manifetação contra a decisão pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE). A chamada Marcha AntiBrexit foi convocada pelas redes sociais. Na página do Facebook, aqueles que participaram da marcha postaram fotos e vídeos defendendo a permanência na UE.
Com 52% dos votos a favor em referendo, o Reino Unido decidiu deixar a União Europeia (UE) após 43 anos de participação no bloco. A taxa de participação no referendo foi de 71,8%, a maior em votações no Reino Unido desde 1992.
Londres está entre os locais que votaram majoritariamente pela permanência na UE, junto com Escócia e Irlanda do Norte. Já Inglaterra e Gales apoiaram majoritariamente o chamado Brexit, a saída do bloco.
Entre as publicações na rede social, há o argumento de que permanecer na UE significa lutar pela inclusão e humanidade. “Somos mais de 40 mil dizendo sim para a UE”, diz um usuário. A página recebeu manifestações contrárias. Um internauta diz que a marcha é uma demonstração contra a democracia: “Realmente triste, se eles amam tanto a União Europeia, então vão viver lá!”.
O Reino Unido faz parte da Comunidade Europeia desde 1973, mas sempre manteve algumas posições, como a de não aderir ao euro – mantendo como moeda nacional a libra –, e de não aderir ao Acordo Schengen, tratado de livre circulação de pessoas em territórios europeus.
Entre os que defendem a saída do Reino Unido da União Europeia, um dos principais argumentos é econômico. Eles afirmam que, com o Brexit, o Reino Unido ficaria livre para estabelecer relações comerciais com outros países, por exemplo, a China. Os favoráveis ao Brexit afirmam que a taxação sobre as exportações para países de fora da UE é extremamente alta.
Além disso, a saída poderá permitir a alteração das políticas de migração e a criação de um regulamento próprio para a entrada de refugiados. Esse último ponto é polêmico e teve peso na votação, em um momento de grave crise migratória e em que os países europeus não conseguem chegar a um acordo sobre como deve ser a política para os refugiados. (Agência Brasil)