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domingo, 24 de novembro de 2024
Estelionato

Alunos caem em golpe de curso superior

Estudantes complementaram graduação para obter título de bacharel, mas ficaram sem diploma

Postado em 21 de julho de 2016 por Renato
Alunos caem em golpe de curso superior
Estudantes complementaram graduação para obter título de bacharel

Deivid Souza 

Aproximadamente 50 alunos dos cursos de Educação Física e Pedagogia do Instituto Millenium de Educação e Cultura (Imec) receberam um certificado de conclusão sem validade, de acordo com uma investigação da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). Os estudantes, que já possuíam licenciatura nas respectivas áreas, cursaram 12 meses na instituição para complementar a graduação e conseguir o título de bacharel. No entanto, ao tentarem fazer o registro profissional no conselho de classe receberam a informação de que o diploma que tinha não era válido.

No ato da matrícula, as vítimas receberam a informação de que os certificados iriam ser emitidos por três instituições de ensino parceiras que ficam nos estados de Alagoas, Mato Grosso do Sul e São Paulo. No entanto, os graduados em Educação Física, ao procurarem o Conselho Regional de Educação Física da 14ª Região (Cref14), que responde pelos estados de Goiás e Tocantins, negou o registro profissional. O conselho apurou que as instituições que seriam parceiras do Imec negaram ter emitido os respectivos certificados.

“Nós recebemos alguns certificados de conclusão de algumas instituições e notificando as instituições de ensino superior, elas diziam que aqueles alunos não pertenciam a elas. Com o aumento específico dessas instituições de ensino, nós começamos a notificar tanto a Delegacia do Consumidor tanto o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal”, explicou o procurador jurídico do Cref14, Samuel Lemos.

Funcionamento

O estabelecimento não foi fechado. O diretor administrativo do Imec, Wilson José de Araújo, 61, foi preso na semana passada, prestou esclarecimentos e foi liberado. Ele vai responder pelo crime de estelionato, de acordo com o titular da Decon, Webert Leonardo. “Ele estava obtendo uma ilícita, vantagem oferecendo um serviço, que ao final não era entregue a contento, ou seja, os alunos na expectativa de exercer plenamente as suas profissões se viam frustrados ao final de pagar todos os 12 meses de contrato”, frisou.

A reportagem de O HOJE entrou em contato com a instituição de ensino, mas foi informada que a diretoria estava em uma reunião para tratar de assuntos educacionais e não poderia nos atender.

 

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