SÃria e Rússia interrompem bombardeios em Aleppo
As forças russas e sÃrias interromperam nesta terça-feira (18) os ataques aéreos contra Aleppo para que a população e as milÃcias moderadas possam deixar a cidade
As forças russas e sírias interromperam nesta terça-feira (18) os ataques aéreos contra Aleppo para que a população e as milícias moderadas possam deixar a cidade. As informações são da Agência Ansa.
Esta é uma preparação para a trégua humanitária que vai vigorar por oito horas no próximo dia 20. "Hoje, desde às 10h da manhã, foram interrompidos os ataques aéreos russos e das forças sírias na zona de Aleppo", disse o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu.
"O cessar-fogo antecipado dos bombardeios é necessário para introduzir a pausa humanitária de 20 de outubro", explicou o ministro. O fim dos ataques aéreos tem como objetivo fazer com que a população, principalmente crianças e feridos, e milícias possam sair da cidade através de seis corredores montados para a evacuação.
"Para o início da pausa humanitária, as tropas sírias serão retiradas a uma distância que permite os milicianos deixarem Aleppo sem obstáculos", disse Shoigu. "A pausa garante a saída dos cidadãos de modo pacífico através de seis corredores e prepara a evacuação dos doentes e feridos de Aleppo".
O governo russo pediu que os países que têm influência sobre os rebeldes na parte leste de Aleppo os convençam a deixar a cidade para facilitar a trégua do dia 20. Além disso, está agendada para amanhã (19) uma reunião de especialistas militares de vários países, em Genebra, sobre o futuro dos grupos terroristas, rebeldes e milícias que atuam em Aleppo.
A trégua do dia 20 foi anunciada ontem e entrará em vigor às 8h locais. "Declaramos uma pausa (humanitária) de oito horas de modo unilateral. Penso que uma pausa mais longa, de 48 ou 72 horas, seria possível mediante acordos mútuos", disse o embaixador russo nas Nações Unidas, Vitali Churkin.
Desde setembro do ano passado, as forças sírias, com o apoio da Rússia, bombardeiam Aleppo, controlada por rebeldes opositores ao regime de Bashar al-Assad. Milhares de civis ficaram sitiados e cerca de 430 pessoas morreram desde então.