“Venda da Celg é o maior legado que o Governo deixará”, diz secretária
Ana Carla Abrão retorna a São Paulo após dois anos no Estado, e faz um balanço da sua participação no Governo de Goiás
Da redação
A secretaria da fazenda, Ana Carla Abrão, retorna a São
Paulo após dois anos no Estado. Em um balanço do momento econômico vivido por
Goiás e das ações realizada durante o período em que ocupou o cargo, a
secretária destaca avanços. Para ela, além de uma injeção bilionária nas contas
públicas, a privatização da Celg resolverá um problema que faz com que empresas
deixem de investir em Goiás: a produção de energia.
“O secretário da fazenda, Fernando Navarrete (que assume a
secretaria), vai sentar na cadeira da Sefaz
e não vai mais ouvir o que eu ouvi nesses dois anos, que é uma empresa
querer se instalar em Goiás, mas avaliar que o Estado não tem capacidade de
produção de energia para suportar a sua indústria”, pontua.
A venda da Celg para a italiana Enel, que arrematou a
empresa de energia por R$2 bilhões, em um leilão realizado no fim de novembro
deste ano, é o maior legado deixado para
os goianos, avalia. “Por mais polêmica que a discussão ideológica seja, em um
momento em que a economia nacional está derretendo e que a crise política continua
pairando sob as nossas cabeças, nós temos um grupo global, italiano, que vai
investir em Goiás R$ 8 bilhões de reais”.
Além disso, de acordo com Ana Carla, os benefícios também
alcançam os consumidores, criando uma tríade de benefícios. “Nós temos capacidade
de produção e investimento, um consumidor que vai estar muito mais bem servido
e, por último, e não menos importante, Goiás recebe cerca de R$ 1 bilhão para
fazer investimentos e alavancar a economia”.