Ingrid Reis com Erasmo Bandeira em especial para O Hoje

O Natal já é no fim de semana e muita gente ainda não
escolheu as carnes para a ceia. No entanto quando chega a hora de escolher ou
até mesmo a hora de preparar as carnes bate aquela dúvida: Qual a diferença entre
peru, chester, tender e pernil?

 Para os desavisados O Hoje conversou com o chef
Erasmo Bandeira e ele explicou qual a diferença e as histórias e mitos que envolve
cada carne.

Peru

De acordo com o chef, o peru é uma ave predominante
na América do Norte, muito consumida pelos índios estadunidenses como um prêmio
pela conquista de territórios. O consumo da ave em datas comemorativas começou
em 1691 pelos peregrinos, especialmente quando as colheitas eram muito fartas.
No Brasil, a carne da ave foi introduzido com a imigração durante o século XIX e
consumido no natal.

A carne do peru é uma ave grande e sua carne é mais
dura o que demanda cuidados especiais na preparação, além de seu sabor
acentuado.( Confira aqui as dicas de como deixar o peru macio e suculento no
Natal)

Chester

Erasmo explica que o chester foi desenvolvido no
Brasil por uma empresa com o intuito de concorrer com a empresa concorrente que
era campeã de vendas de peru de Natal. A ave é proveniente de pesquisa
laboratorial secreta, a partir do cruzamento genético de 11 espécies diferentes
de galinhas escocesas, geneticamente modificadas. A carne do chester  é constituída de 70% de peito e coxas. Ou
seja é uma galinha com quase duas vezes o tamanho de um frango comum. O frango
costuma pesar em torno de 2,5 kg , já o chester pesa aproximadamente 4 kg.
Quanto ao sabor, o chef explica o chester é muito semelhante ao frango. Além
disso, ela é mais barata do que o peru.

Tender
e Pernil

De acordo com o chef, o tender é uma parte do pernil
suíno sem o osso, que é cozida e defumada, lembrando muito um presunto, é
espetado com cravos e banhado em uma fina camada de caramelo. 

Já o pernil, é uma
carne consumida segundo uma crença de que, o porco, por ser um animal que fuça
a comida com o focinho jogando-a para frente, ao ser consumido no natal as pessoas
estão “empurrando” a vida a diante. A tradição também foi trazida
para o Brasil pela imigração, contudo os europeus que já tinham essa cultura.

Seja para simbolizar a fartura ou para empurrar a
vida para frente, ave ou suíno ambos são opções tradicionais deliciosas para a
ceia, independente da crença coma e se delicie à vontade!