Venceslau Pimentel

Na cerimônia de transferência de cargo do novo comandante da Guarda Civil Metropolitana (GCM), ontem de manhã, o prefeito Iris Rezende (PMDB) se comprometeu a fazer da corporação referência nacional em segurança, responsabilidade a cargo de José Eulálio Vieira, que assumiu no lugar de Elton Magalhães. Para ele, as novas atribuições da Guarda, contidas em lei federal, como o direto do porte de armas, permitem ampliar a ação de seus agentes, mesmo entendendo que a segurança do cidadão é atribuição do Estado, por meio das Polícias Civil e Militar.

As novas tarefas atribuídas às guardas municipais são, para Iris, resultado da insegurança que reina no país, ou por razão de injustiças sociais ou por descuido das autoridades. “Hoje, a população de Goiânia vive prisioneira dentro de suas próprias casas”, disse em seu discurso. 

Durante a campanha eleitoral, a segurança monopolizou todos os debates e programas eleitorais de rádio e TV dos candidatos. Mesmo tendo como candidato a vice-prefeito um militar (o deputado Major Araújo, que renunciou ao cargo menos de um mês antes de assumir), nos embates, Iris sempre procurou rechaçar propostas de adversários que defendiam a militarização da Guarda da capital. “Constitucionalmente, a segurança pública é atribuição do governo do estado, feita pelas polícias Militar e Civil. Se foi dado mais poder às Guardas Municipais, nós não podemos fugir da responsabilidade. Nosso objetivo é zelar pela tranquilidade e bem-estar desse povo”, disse na solenidade realizada na sede da instituição.

O programa de governo apresentado pelo prefeito, quando ainda candidato, previa a capacitação e aparelhamento da GCM, ampliação d o serviço de monitoramento das vias públicas comerciais e também a ação do Observatório e Segurança Pública Municipal. Também integrava o plano de governo apresentado ao eleitor na campanha eleitoral a implantação de programas de combate às drogas, em consonância com o Programa Nacional de Combate às Drogas, além de ações, tais como investir numa nova iluminação pública.

Como forma de mostrar o seu comprometimento com a GCM, Iris lembrou dos investimentos feitos, notadamente em sua segunda gestão, de 2005 a 2008, quando ampliou o seu quadro, até então composto por 100 homens concursados, rescindindo logo em seguida contrato do município com uma empresa privada, que dispunha de 900 guardas armados. A partir daí, abriu concurso público.

Além das ações a serem colocadas em prática, Iris Rezende adiantou que pretende estruturar a Guarda com inovações da ciência e tecnologia. “Precisamos introduzir essas ferramentas para que Guarda possa ampliar consideravelmente sua atuação e mostrar à sociedade que a nossa instituição é muito importante”, disse.

O comandante José Vieira falou da sua disposição, e de sua tropa, de trabalhar debaixo de sol ou de chuva, se necessário, no mesmo ritmo já anunciado prefeito, 24 horas por dia. “Esse comando não será meu, será nosso”, disse.