Felipe Bonfim 

Quem avisa, amigo é? Escalada para lutar no dia 11 de março em Fortaleza contra a americana Marion Reneau, a brasileira Bethe Correia participou ontem do Media Day na capital cearense e aproveitou a oportunidade para alertar, mas em tons de provocação, a compatriota e campeã dos pesos-galo feminino, Amanda Nunes, quanto à arrogância. 

Amanda conquistou o cinturão em dezembro após nocautear a maior estrela no UFC na categoria, Ronda Rousey, em apenas 48 segundos. Bethe, contudo, acredita que neste momento, logo após o título, a soberba pode ser perigosa.

“Tem que ter cuidado. A Amanda é uma grande lutadora. A pessoa deve se valorizar, eu me valorizo acima de tudo. Para mim, sou a melhor lutadora do UFC. E acho isso de verdade. Eu não vejo a Amanda, com toda a sinceridade, sendo uma lutadora que vai dominar. A Ronda foi pega pelo excesso de arrogância, foi pega pela língua. Eu também tive meus momentos de aprender. Eu acho que a Amanda está nesse momento agora, de se sentir dominante”, disse.

Quanto a Rousey, agora em sequência de duas derrotas consecutivas – também havia sido nocauteada pela americana Holly Holm –, Correia aposta que o futuro é a aposentadoria. Apesar de almejar um novo confronto com Ronda – Bethe foi derrotada em apenas 34 segundos no primeiro duelo –, a brasileira não acredita que a “queridinha” da organização volta ao octógono.

“Eu acredito que ela não voltará. Gostaria que ela voltasse, queria fazer uma revanche. Eu não engoli aquela derrota. Às vezes, o povo é injusto. Senti um pouco do que ela está sentindo. A derrota dela foi muito parecida com a minha. As pessoas começaram a desmerecer a Ronda como lutadora”, afirmou.

Além do confronto entre Bethe Correia e Marion Reneau, a edição do UFC em Fortaleza contará com os brasileiros Vitor Belfort e Maurício Shogun entre os destaques. Eles enfrentam Kevin Gastelum e Gian Villante, respectivamente. 

Foto: reprodução (Alexandre Loureiro/ Inovafoto/ Fotos Públicas)