Secretaria Mucicipal de Saúde orienta sobre vacina contra febre amarela
Um dos principais indicativos da circulação do vírus da febre amarela em uma região é a presença de macacos doentes ou mortos
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia esclarece que a vacina contra febre amarela deve ser aplicada apenas em pessoas que nunca foram vacinadas, ou que só têm uma dose tomada há mais de dez anos, e que viajarão para locais com surto da doença. O alerta vale, por exemplo, para quem vai para Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais, locais onde foram registradas 38 mortes por febre amarela e decreto de situação de emergência em 152 cidades. A população imunizada, com ao menos duas doses, está protegida contra a doença.
Um dos principais indicativos da circulação do vírus da febre amarela em uma região é a presença de macacos doentes ou mortos. Os animais também são vítimas da doença e a detecção do vírus entre eles auxilia no reforço das estratégias de controle do avanço da doença entre humanos. Em Goiânia, o trabalho de monitoramento do óbito dos chamados Primatas não Humanos (PNH) é contínuo. Em 2016, um caso de óbito em humanos e dois em macacos foram confirmados.
Os animais não transmitem diretamente a doença para o homem, mas exercem o papel de hospedeiros para o vírus. A febre amarela é transmitida por mosquitos que podem se alimentar tanto do sangue dos primatas quanto de humanos. Ao detectar a presença desses animais mortos, é necessária uma investigação para identificar a doença, pois significa que há grande possibilidade de futura ocorrência em humanos.
Apesar do aumento de casos no Brasil, Goiânia não é uma cidade com alerta da doença. Em caso de resultados positivos para febre amarela em macacos, a Prefeitura de Goiânia, por meio da SMS, intensifica as campanhas preventivas, de bloqueio vetorial e de vacinação para a doença.
Vacinação
Mesmo sem novos casos de febre amarela em Goiânia, a SMS recomenda vacinação. Devem vacinar os adultos que não possuem ao menos duas doses da vacina comprovadas no cartão, ou que possuem apenas uma, tomada há mais de dez anos. A Organização Mundial da Saúde considera que duas doses são suficientes para proteção, sendo recomendada a primeira aos nove meses de idade e a segunda aos quatro anos. A recomendação é levar o cartão de vacina para comprovar a necessidade.
A vacina, em pessoas sem problemas de imunidade, garante uma proteção de até 98% e está disponível nas salas de vacinação das unidades de saúde de Goiânia durante todo o ano. Pessoas que forem para áreas de alerta da doença no Brasil e que nunca foram imunizadas precisam se vacinar pelo menos dez dias antes da viagem.
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