Atrocidades que marcaram a história
Europa celebrou,
na última sexta-feira (27), o Dia da Memória pelas Vítimas do Holocausto
No dia 27 de janeiro de 1945, as tropas do Exército soviético destruíram a entrada do campo de concentração de Auschwitz, na atual Polônia, e, desde então, a Europa faz uma série de celebrações para lembrar os horrores do Holocausto nazista.
O Dia da Memória pelas Vítimas do Holocausto contou com uma celebração em um dos locais das atrocidades da Segunda Guerra Mundial, o campo de concentração de Auschwitz, mas a Itália também lembra o episódio com eventos e mostras fotográficas sobre o tema.
“Recordar é o antídoto mais forte contra o esquecimento e a indiferença e o instrumento mais importante para traçar uma nova estrada”, disse a prefeita de Roma, Virginia Raggi, durante uma celebração com estudantes de escolas da capital italiana. Há cerimônias ainda em Florença, Veneza e Milão.
Em Roma, uma mostra que lembra o sofrimento das pessoas nos campos de concentração nazistas e a vida dos sobreviventes, feita pelo fotógrafo Simone Gosso, também está ocorrendo na capital.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, divulgou uma mensagem pelos 72 anos do fim dos campos de concentração e lembrou que “nesses tempos desafiadores, a memória não é apenas uma lembrança do passado, mas é o compasso para não repetir os mesmos erros no futuro, sem cair nas mesmas armadilhas que fizeram com que permitíssemos que a discriminação e o ódio se espalhassem”.
Papa
O papa Francisco usou as redes sociais para enviar sua mensagem pelo Dia da Memória pelas Vítimas do Holocausto, lembrado na última sexta-feira (27). “Hoje (sexta-feira) desejo fazer memória no coração de todas as vítimas do Holocausto. Seu sofrimento, suas lágrimas, nunca sejam esquecidos”, escreveu o pontífice em suas nove contas no Twitter.
Na sexta, diversas celebrações pela Europa marcaram os 72 anos que o Exército soviético invadiu o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, e pôs fim à sangrenta morte de judeus no local durante a Segunda Guerra Mundial.
Pouco antes de publicar sua mensagem, Jorge Mario Bergoglio recebeu uma delegação do European Jewish Congress, um grupo que representa os judeus na Europa. A conversa foi de caráter privado e não houve declaração oficial do Vaticano.
No entanto, o padre Norbert Hofmann, secretário da Comissão da Santa Sé para os Relacionamentos Religiosos com o Judaísmo, informou que o Papa iniciou o encontro ressaltando que essa era uma data importante tanto para os judeus como para “todos nós porque recordar as vítimas do Holocausto é importante para que essa tragédia humana não se repita mais”.
“O Papa disse que na sua família, seu pai sempre recebia os judeus. Então, ele cresceu em uma atmosfera favorável aos judeus. Falando de sua história pessoal, disse que os judeus sempre o visitavam, desde pequeno, e que o nosso Papa aprendeu a ter sempre amigos judeus”, relatou Hofmann.
O líder do grupo Moshe Kantor, destacou a “importância da ética, dos valores cristãos e judaicos que temos em comum”, relatou o padre.
Em julho do ano passado, Francisco fez uma visita aos campos de concentração de Auschwitz e Birkenau, durante sua ida à Polônia na Jornada Mundial da Juventude, e deixou uma mensagem em espanhol pedindo a Deus “perdoar” a humanidade “por tanta crueldade.” (Agência Brasil)