Da Redação

Sessão especial do Dia das mulheres está acontecendo na tarde desta quarta-feira (8), no Plenário
Getulino Artiaga, sessão especial para entrega da Comenda Berenice Artiaga, em
comemoração ao Dia Internacional da Mulher. 

A sessão, que foi presidida pelo presidente
da Assembleia Legislativa, deputado José Vitti (PSDB),contou com discursos da deputada Adriana Accorsi e Izaura Lemos.

A propositora desta honraria neste Parlamento, a ex-deputada
Dária Alves Rodrigues, se encontra presente na Mesa dos trabalhos. A abertura
do evento foi feita pela Banda da Polícia Militar do Estado de Goiás, com a
execução do Hino Nacional. 

Combate a violência

A deputada Isaura Lemos (PCdoB), uma
das propositoras do evento, traz dados que evidenciam que a violência contra a
mulher ainda tem debate frágil na sociedade e que as políticas públicas
precisam acontecer com mais veemência. “Segundo dados da OMS (Organização
Mundial da Saúde), o Brasil é o 5º na taxa de feminicídio no mundo”, disse.

Isaura criticou a reforma da
Previdência Social que está sendo proposta pelo Governo Federal. “As mulheres
estão indignadas com a Reforma da Previdência. Estão querendo igualar o número
de anos de homens e mulheres para se aposentar, ou seja, 65 e 49 anos de
contribuição social”. Ela afirmou, ainda, que a mulher possui jornada de
trabalho maior, porque, por exemplo, precisa cuidar do lar e da família e ainda
ganham salários menores no mercado. 

A deputada Delegada Adriana Accorsi
(PT) usou a tribuna, durante a sessão, para prestar sua homenagem às mulheres e
também para enfatizar o preconceito e discriminações que ainda permeiam na
sociedade em relação ao sexo feminino.

A deputada destacou os direitos
adquiridos pelas mulheres ao longo da história, mas que ainda existem muitos
pontos nos quais as mulheres não conseguem igualdade de direitos com os homens.

Adriana Accorsi também falou sobre a
pequena participação das mulheres na política, citando a grande minoria de
mulheres na bancada goiana na Câmara Federal, que são de duas, em um total de
17, como também na Assembleia Legislativa de Goiás, que são três mulheres em um
total de 41.

“É assustadora a desigualdade da
participação da mulher no mundo da política, mesmo depois de 85 anos do voto
feminino instituído no Brasil, e de 22 anos que a Lei das cotas mínimas de
participação das mulheres foi estabelecida, garantindo o número de candidaturas
que os partidos políticos têm direito, as mulheres ainda não conseguiram
quebrar esta barreira. Basta observar a composição da bancada Federal e
Estadual de Deputados. […] Precisamos mudar essa realidade urgente! Não é
possível pensar na participação política das mulheres só na época das
eleições”, afirmou a delegada.

(Com informações da Assembléia
Legislativa de Goiás)  (Foto: Thaís Franco)