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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Ministério do Trabalho

Empresas deixaram de pagar mais da metade do valor total do FGTS que será sacado

Valor total devido pelas empresas chega a mais de R$ 24,5 bilhões

Postado em 10 de março de 2017 por Renato
Empresas deixaram de pagar mais da metade do valor total do FGTS que será sacado
Valor total devido pelas empresas chega a mais de R$ 24

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou que
mais de sete milhões de trabalhadores não receberam corretamente os depósitos a
que teriam direito em contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),
ativas ou inativas. O valor total devido pelas empresas chega a mais de R$ 24,5
bilhões. Isso representa mais da metade do que será sacado pelos trabalhadores
com a nova medida – R$ 43,6 bilhões.

Para evitar a surpresa de descobrir que o empregador não
depositou o dinheiro do FGTS, o Ministério do Trabalho recomenda que o
empregado acompanhe o depósito todo mês, pelo extrato da conta disponível na
Caixa Econômica Federal, inclusive por meio do aplicativo FGTS, para celulares
e tablets.

O chefe de Fiscalização do FGTS do Ministério do Trabalho,
Joel Darcie, diz que é alto o número de denúncias de recursos não depositados.
“A gente recebe bastante denúncia de trabalhador. Às vezes, é denúncia de um
sindicato, consta para nós como uma denúncia, mas refere-se a uma empresa
enorme. que tem mil ou 2 mil funcionários e consta aqui como uma denúncia
simplesmente”, relata.

O fiscal do trabalho informou que somente este ano já foram
registradas 3.081 denúncias no ministério. Em 2016, foram 68.289 denúncias e,
em 2015, o número chegou a 86.541.

A recomendação do Ministério do Trabalho é que o empregado,
ao perceber que o recurso não está sendo depositado, denuncie ao sindicato, em
uma das superintendências regionais do Ministério do Trabalho ou na Justiça do
trabalho. É preciso apresentar um comprovante de vínculo empregatício, como
Carteira de Trabalho ou contrato, e o extrato da conta do FGTS.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional diz que os 24,5
bilhões inscritos em dívida ativa referem-se a créditos dos trabalhadores e do
fundo que foram objeto de fiscalização, apuração e constituição por parte dos
auditores fiscais do ministério.

Após a notificação fiscal e a abertura de processo
administrativo, com direito do empregador a defesa e recurso, e persistindo o
débito, os créditos são encaminhados pelo Ministério do Trabalho à PGFN para
controle de legalidade, inscrição em dívida ativa e cobrança administrativa
e/ou judicial.

Foto: (Reprodução) 

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