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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Operação Carne Fraca

Senacon determina recolhimento da carne de três frigoríficos sob investigação

O recall deve ser iniciado em até cinco dias e os consumidores deverão ser ressarcidos por eventuais prejuízos

Postado em 24 de março de 2017 por Toni Nascimento
Senacon determina recolhimento da carne de três frigoríficos sob investigação
O recall deve ser iniciado em até cinco dias e os consumidores deverão ser ressarcidos por eventuais prejuízos

A
Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinou que os frigoríficos
Souza Ramos, Transmeat e Peccin recolham toda a carne e produtos derivados
provenientes de seus estabelecimentos em, respectivamente, Colombo (PR), Balsa
Nova (PR) e Curitiba (PR). O recall deve ser iniciado em até cinco dias e os consumidores
deverão ser ressarcidos por eventuais prejuízos.

Os
três frigoríficos estão entre as 21 marcas investigadas na Operação Carne
Fraca, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última sexta-feira (17) para
apurar suspeitas de irregularidades na produção de carne processada e
derivados, bem como na fiscalização do setor. Segundo a PF divulgou
inicialmente, fiscais sanitários liberariam a venda de produtos sem a devida
fiscalização, bem como o comércio de carnes com prazo de validade expirado e
com a adição de substâncias para mascarar a qualidade das carnes.

O
estabelecimento da Peccin em Curitiba está entre os três interditados pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no dia 17. A Peccin
também teve uma outra unidade interditada em Jaraguá do Sul (SC). A terceira
planta fabril interditada pelo Mapa pertence à BRF (dona das marcas Sadia e
Perdigão, entre outras) e fica em Mineiros (GO).

A
obrigação de recolher toda a produção proveniente dos três estabelecimentos
citados foi determinado após o ministério disponibilizar à Senacon os resultados
de auditorias feitas nas plantas industriais.

De
acordo com a secretaria, foi constatado que o estabelecimento da Souza Ramos em
Colombo “não detém controle dos processos relacionados à formulação e
rastreabilidade de seus produtos, não garantindo a inocuidade [aquilo que não é
nocivo à saúde] dos produtos elaborados, fato que levou a interdição da mesma”.

No
caso da produção da Transmeat em Balsa Nova, o ministério apontou que “o
estabelecimento não detém controle dos processos relacionados à rastreabilidade
dos produtos”. Já em relação à área da Peccin em Curitiba, o ministério
destacou a “suspeita de risco à saúde pública ou adulteração”.

“Diante
desses fatos, a Senacon determinou, nesta quinta-feira (23), que a Souza Ramos,
a Transmeat e a Peccin iniciem em até cinco dias o recall das carnes
provenientes dos estabelecimentos mencionados. Todos os produtos com origem
naqueles estabelecimentos devem ser recolhidos, com o devido reembolso ao
consumidor, daquilo que for por ele restituído aos pontos de venda”, informa a nota
divulgada hoje (24).

Logo
que as suspeitas se tornaram públicas, a Senacon notificou as empresas JBS,
BRF, Peccin, Larissa, Mastercarnes e Souza Ramos para que fornecessem
informações que ajudassem a esclarecer os fatos, além de indicarem os lotes de
produtos sob suspeita de terem sido adulterados, o eventual tipo de
adulteração, as quantidades de produtos potencialmente irregulares, bem como a
data de fabricação e validade.

De
acordo com a Senacon, a JBS, detentora de marcas como Friboi, Seara, Swift e
Angus, declarou que a operação da PF se limitou ao gabinete do médico
veterinário conveniado ao ministério, Welman Paixão Silva Oliveira, que dava
expediente na planta frigorífica da JBS em Goiânia (GO). Ainda segundo a JBS,
todos os “os fatos noticiados estão sendo objeto de cuidadosos procedimentos
internos de apuração”, mesmo que, segundo a empresa, “não envolvam nenhuma das
marcas da JBS, não havendo necessidade de retenção ou recall de lotes de
produtos”.

A
Senacon destaca ainda que o consumidor que tiver adquirido carnes produzidas ou
comercializadas por qualquer uma das empresas investigadas deve procurar os
canais da própria empresa para obter informação clara e precisa sobre a
qualidade e a segurança dos produtos. Caso não consiga atendimento adequado ou
permaneça com dúvidas, deve procurar o órgão de defesa do consumidor mais
próximo para orientação sobre como proceder ou para realizar sua denúncia ou
reclamação.

(Agência Brasil) 

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