Projeto de terceirização em discussão no Senado seguirá rito normal
Na última quarta-feira (22), a Câmara aprovou projeto que trata da terceirização e o texto foi encaminhado para sanção presidencial
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE),
reafirmou hoje (28) que o texto em discussão na Casa que regulamenta a
terceirização será pautado para votação em plenário assim que estiver pronto.
Segundo Eunício, o projeto seguirá o rito de tramitação regular.
O relator do Projeto de Lei Complementar 30/2015, senador
Paulo Paim (PT-RS), ainda deve apresentar o relatório, que precisa ser aprovado
em comissão antes de seguir para plenário. “Ele precisa ser aprovado em uma
comissão. Se ele não for para a [Comissão] Agenda Brasil, eu encaminharei ele
para a CCJ [Comissão de Constituição e Justiça] para que a CCJ se pronuncie.
Ele vem a plenário e vou dar o rito normal do projeto. Depois esse projeto vai
para a Câmara. Não tenho nenhuma intenção de, ao receber o relatório do senador
Paulo Paim, não dar o rito normal que essa matéria tem”, disse.
O presidente do Senado explicou que, como a chamada Comissão
Agenda Brasil foi suspensa, ela pode ter seu funcionamento prorrogado para que
o projeto seja votado, ou encaminhá-lo de ofício para a CCJ.
Na última quarta-feira (22), a Câmara aprovou projeto que
trata da terceirização e o texto foi encaminhado para sanção presidencial.
Entre os pontos que constam no texto aprovado está a responsabilidade
subsidiária da empresa contratante em relação à terceirizada. Com isso, os bens
da empresa contratante somente poderão ser penhorados pela Justiça se não
houver mais bens da terceirizada para o pagamento da condenação relativa a
direitos não pagos.
Já o texto que tramita no Senado estabelece a
responsabilidade solidária. Ou seja, contratante e terceirizada respondem ao
mesmo tempo com seus bens para o pagamento da causa trabalhista.
Lei de Abuso de Autoridade
Ao ser questionado sobre a possibilidade de votar com
urgência no plenário o projeto que define os crimes de abuso de autoridade,
Eunício disse que a proposta ainda está na CCJ e, só depois da aprovação no
colegiado, vai discutir o rito que o texto seguirá no plenário. “Precisamos ter
nesse momento muita calma. Não interfiro no trabalho das comissões, apenas
encaminho matéria para que seja debatida. Cabe exclusivamente à CCJ tomar as
providências. Tomadas as providências, aí sim vem para o plenário e a decisão é
da presidência”, respondeu Eunício.
O Projeto de Lei 280/16, que regulamenta os crimes
considerados abuso de autoridade, é tema de reunião hoje entre o presidente do
Senado e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
(Agência Brasil)