O mercado imobiliário na Grande Goiânia já iniciou 2017 com uma reação positiva e boas perspectivas de vendas, principalmente após a flexibilização das regras do Minha Casa Minha Vida (MCMV). Por isso os empreendimentos voltados ao financiamento pelo programa do governo federal  serão os principais atrativos do 1º Feirão Casa Nova, que será realizado até domingo (02), sempre no horário das 10h às 22h , na praça central do Araguaia Shopping, no Centro da Capital. O evento, com entrada gratuita, é uma realização do Sindicato da Indústria da Construção Civil Goiás (Sinduscon-GO) e da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), com a parceria da Caixa Econômica Federal.

Ao todo, serão disponibilizados mais de 4.000 unidades habitacionais com localização em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo. Os expositores apresentam imóveis a partir de R$ 139 mil. Entre as unidades que serão oferecidas no Feirão, estão apartamentos e casas de um a três quartos, de 43m² a 127m² de área privativa. Segundo os organizadores, pelo menos 100 mil pessoas devem passar pelo local nos quatro dias de evento.

Mudanças

As novas regras do programa MCMV possibilitaram a participação de um número maior de pessoas no programa, como a criação da faixa 1,5, para famílias com renda mensal entre R$ 1,4 mil e R$ 2,6 mil. Outra mudança é o aumento do limite de renda familiar na faixa 3 de R$ 7 mil para R$ 9 mil, também ampliando o acesso à compra de imóveis com a taxa de juros mais baixas, o que é válido para imóveis de até R$ 237 mil em Goiânia e R$ 225 mil em Aparecida de Goiânia. “As mudanças nos fazem concluir que 2017 será o ano da retomada, porque teremos um grande contingente de pessoas que irão conseguir sonhar com a casa própria”, acentua o especialista em mercado imobiliário e diretor da URBS RT, Ricardo Teixeira.

As famílias que se enquadram nas faixas 1,5 e 2 têm direito a subsídio do governo para a compra do imóvel, além de financiamento com taxa de juros abaixo da praticada no mercado. Já a faixa 3 prevê o financiamento com recursos do FGTS com taxas abaixo do mercado. De acordo com o Ministério das Cidades, o valor do subsídio dado na faixa 1,5 vai subir de R$ 45 mil para R$ 47.500 e, na faixa 2, de R$ 27.500 para R$ 29 mil.

Ricardo Teixeira lembra que as mudanças nas regras do FGTS também estão estimulando o setor. Em primeiro lugar, ele cita os saques de FGTS inativos, que estão acontecendo agora. “Isso ampliará o leque de consumidores que já tinha o primeiro imóvel e não podiam acessar o recurso retido para comprar o segundo imóvel. Ou aquelas que passarão a contar com o dinheiro em mãos sem muita burocracia”, observa Ricardo Teixeira. Outra mudança, segundo ele, é o uso do Fundo de Garantia para compra de imóvel de até milhão e meio. “Antes, para sacar o recurso, o imóvel só poderia custar R$ 800 mil, o que limitava o consumidor em sua escolha”, explica. 

O especialista lembra que o valor dos imóveis permaneceram estáveis nos últimos dois anos, o que deve ser analisado pelo consumidor como uma grande oportunidade, pois a tendência é a retomada dos preços com a diminuição dos estoques. “Ele tem a possibilidade de adquirir seu imóvel por um valor mais acessível”, analisa. 

Ricardo Teixeira lembra também que há quem adie a aquisição, na expectativa de uma baixa dos juros, mas segundo o especialista, à medida em que isso ocorre, o consumidor corre o risco de enfrentar o aumento dos preços dos imóveis. “O ideal é que o consumidor aproveite os valores de hoje e faça seu financiamento.