Um dia após lista de Fachin, atividades no Congresso ficam esvaziadas
Entre os inquéritos abertos pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, estão 24 senadores e 42 deputados
A
divulgação da relação de políticos e autoridades que serão investigadas pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato provocou reações
de parlamentares e afetou o funcionamento do Congresso Nacional nesta
quarta-feira (12). Entre os inquéritos abertos pelo ministro Edson Fachin,
relator da Lava Jato no Supremo, estão 24 senadores e 42 deputados, incluindo
os presidentes do Senado e da Câmara.
As
atividades previstas para hoje nas comissões foram esvaziadas ou canceladas
devido à falta de quórum. Entre elas estava a reunião da Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado que tinha na pauta a
apreciação do relatório do senador Randolfe Rodrigues (Rede- AP) sobre a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC 10/2013) que trata da extinção do foro
privilegiado para julgamento de autoridades que cometeram crimes comuns.
O
presidente da comissão, Edison Lobão (PMDB-MA), negou que o cancelamento tenha
relação com a divulgação da lista do ministro Fachin e atribuiu a falta dos
parlamentares à véspera do feriado da Páscoa. Pouco antes, a sessão do plenário
havia sido cancelada pelo presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE). Na Câmara, a maior
movimentação pela manhã ocorreu em torno da reunião da comissão especial da
Reforma Trabalhista, onde ocorreu a leitura do parecer do relator sobre a
proposta.
A
liderança do PSOL na Câmara defendeu hoje que os parlamentares investigados e
que mantêm posição de comando no Congresso devem ser afastados de seus
cargos. Entre os citados, a maioria se
manifestou por meio de nota à imprensa ou nas redes sociais. Confira o
posicionamento dos deputados e senadores citados a respeito das denúncias.
(Agência
Brasil)