Greve Geral mobiliza servidores de várias categorias, em Goiânia
Movimento é contrário às reformas da Previdência e Trabalhista. Principais sindicatos aderem à paralisação em Goiânia
Wilton Morais
Acontece, hoje (28), a Greve Geral contra as reformas da Previdência e Trabalhistas. Em Goiânia, vários sindicatos aderiram à paralisação, e estão com o movimento confirmado. A última paralisação geral que aconteceu no país foi em 1996. A concentração na Capital está marcada para as 8 horas, na Assembleia Legislativa. Após o encontro o grupo percorrerá até a Praça Cívica, passando pelas Avenidas Goiás e Bandeirantes.
O movimento foi convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que possui participação em diversos movimentos sociais.
O Sindicato dos Bancários de Goiás aderiu à greve e já está realiza mobilizações com os servidores da categoria. Já o Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Pública e Ambiental, Coleta de Lixo e Similares de Goiás (Seacons-GO), orientaram os servidores a paralisarem as atividades por duas horas e depois retomarem os serviços normalmente.
Transporte
No aeroporto de Goiânia, funcionários também aderiram à greve. Tanto os aeroviários – funcionários de companhias aéreas em solo –, e os aeroportuários que são funcionários da Infraero, estão com os serviços suspensos. A Previsão é que em todo o País, os aeronautas – pilotos e comissários de bordo paralisem as atividades.
Para quem utiliza o transporte público de Goiânia, segundo informou a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), o fluxo de ônibus nos terminais serão mantidos. A RMTC ressaltou que o Sindicato dos Motoristas, não informou sobre nenhuma paralisação. Já o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado de Goiás (Sindittransporte) aderiu ao movimento.
Educação
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego) informou que participa da greve geral. O Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), que está de greve há 15 dias, continua com a paralisação.
Nas instituições de ensino, o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg), se mobilizou e convocou todos os docentes a participarem do ato. O Sindicato também é contrario ao projeto de terceirização, já aprovados na Câmara dos Deputados Federais.
Nas instituições privadas, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia apenas disse que não está em suas atribuições definir ou orientar greves. O Sindicato reinterou que o calendário letivo deve ser cumprido, ficando a cargo de cada instituição definir alguma paralisação.
Saúde
O Sindicato Dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde) aderiu e apoia o movimento. Já no Hemocentro, o serviço funciona normalmente e no sábado (29), acontecem ações para fomentar doações. O Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) também não deliberou sobre as paralisações.
Comércio
A Federação dos Trabalhadores no Comércio nos Estados de Goiás e Tocantins orientou que as 18 entidades filiadas à entidade, baixem as portas durante todo o dia de hoje. O Sindicato dos Empregados no Comércio do Estado de Goiás (Seceg) segue com o movimento.
Segurança
Por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que impõe multa de R$ 500 mil, em caso de descumprimento, os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Civil (PC), não irão realizar greve. Apesar disso, agentes da PC irão realizar panfletos na Central de Flagrantes e no 1º Distrito Policial. Apenas flagrantes serão atendidos. Já o Sindicato dos Delegados de Policia do Estado de Goiás (Sindepol) estão em paralisação.