De Brasília para o mundo
Banda Alarmes, que lançou seu primeiro álbum no ano passado, leva o rock brasileiro à Europa
Ludmilla Lobo
Acidade de Brasília, que já é conhecida por lançar nomes do rock no cenário nacional, está com uma novidade em sua lista artística: Alarmes. A banda é formada por Arthur Brenner, que atua no vocal e na guitarra; Lucas Reis, no baixo; e Gabriel Pasqua, na bateria. O primeiro EP do grupo foi lançado em 2013, e o mais novo álbum, Em Branco, foi lançado no ano passado e já levou o grupo para uma turnê em Portugal e na Espanha. Os meninos já participaram de diversos festivais de música, como O Rock Sem Fronteiras, Rock de Arena e Porão do Rock, além de terem se apresentado ao lado de bandas como Scalene, Capital Inicial e Raimundos.
Trajetória
Os garotos se conheceram ainda na época de colégio e decidiram se juntar, em 2012, para formar o grupo que daria origem a Alarmes. O conjunto era formado por Lucas, Gabriel e outros dois integrantes que deixaram a banda em 2014. Após a saída dos antigos membros, Arthur Brenner entrou no grupo, e a Alarmes ganhou a formação que tem hoje. O nome veio de um ex-integrante do grupo, que queria dar o nome Alarmes da Farofa para o conjunto musical criado pelos amigos. Os integrantes, então, decidiram por tirar ‘Farofa’ e manter apenas Alarmes.
O grupo brasiliense faz referências ao som do rock internacional, principalmente de bandas como Queens of the Stone Age, Interpol e Arctic Monkeys. Um dos integrantes da banda, Gabriel Pasqua morou durante seis anos na Inglaterra e foi responsável por incorporar elementos do indie rock britânico à produção musical da Alarmes. O primeiro projeto divulgado pela banda foi o EP Captura, uma espécie de miniálbum que lançou a banda em 2013. No ano seguinte, o grupo apresentou o single Ser Rio, uma prévia do álbum Em Branco, lançando em 2016. O álbum tem 12 faixas e rendeu ao grupo várias viagens pelo Brasil e uma turnê Internacional.
Experiências
A banda está em viagem pela Europa. A turnê veio como um convite de uma empresa portuguesa, que chamou os músicos para fazer quatro shows em Portugal. Após alguns contatos com produtores na Europa, o grupo acabou fechando com nove eventos, não só em Portugal, mas também na Espanha. Um dos integrantes da banda, Arthur Brenner falou em entrevista ao Essência sobre a experiência por onde eles já passaram. “Como os portugueses consomem muita cultura brasileira, para a gente tem sido muito bom tocar aqui. A gente já passou por cidades do norte, como a capital Lisboa; Braga, Freamunde, Guimarães e, agora, vamos tocar um pouco mais no sul, em Beja, Albufeira, Castro Verde”, disse o vocalista.
Os shows que estão sendo realizados na Europa possuem um perfil um pouco diferente do que a banda já havia realizado no Brasil, no entanto o baterista Gabriel Pasqua afirmou que tem sido algo positivo por conta da aproximação do público: “Nós tocamos em casas de pequeno e médio portes, o que torna os shows mais intimistas, diferente de quando tocamos num festival, por exemplo, em que ficamos mais distantes do pessoal. Isso é positivo, porque aproxima mais a banda do público; os portugueses compreendem melhor nossa mensagem, eles adoram conhecer coisa nova. Eles têm se mostrado bem contentes e interessados em ouvir mais nossas músicas no fim dos shows”.
Antes da turnê, a banda fez uma participação na novela Rock Story, da Rede Globo. A oportunidade veio depois que o produtor de áudio da novela assistiu a um dos shows do grupo no Rio de Janeiro. “Ele assistiu ao nosso segundo show, na galeria Kult Kolector, e curtiu a apresentação. Achou que tínhamos o perfil da novela; o pessoal da produção precisava de uma banda que participasse do festival de rock, na trama, e então ele nos convidou”, disse Brenner.
A participação na novela causou mais reconhecimento da banda pelo público e impulsionou a carreira da banda. No canal do Youtube do grupo, o público encontra dois videoclipes da banda, com as músicas Cada Um Por Si e Mas Não Sei, que fazem parte do álbum Em Branco. Os dois clipes possuem interpretação em libras, como uma forma de fazer a música acessível para o público com deficiência auditiva. Segundo a banda, essa proposta deve continuar nos próximos projetos da Alarmes.