Há 40 anos, estreava Star Wars: Uma Nova Esperança
O maior ícone da cultura pop faz aniversário sem envelhecer e ainda é o maior simbolo da cultura pop
Toni Nascimento
Há exatos 40 anos, em uma “galáxia” não tão distante, estreava nos
Estados Unidos Star Wars: Uma Nova
Esperança. A Guerra nas Estrelas, como é chamada por alguns no Brasil, é
nada menos que o maior símbolo da cultura pop em praticamente todo o mundo
ocidental. Cinéfilos e nerds de plantão entendem a cronologia confusa sem nem
doer à têmpora, enquanto outros, que mesmo sem nunca passar perto de nenhum dos
filmes, sentem a imponência de Darth Vader e dá sua icônica marcha imperial.
Star Wars é pop, e grandioso.
O jovem cineasta de 33 anos chamado George Walton Lucas Jr, agora
conhecido pelo mundo simplesmente como George Lucas, criou um universo complexo
e cheio de detalhes. Não é em qualquer dia que um diretor, com apenas dois
longas no currículo, populariza conceitos tão restritos para a massa. Pensem
comigo, na mesma década em que os EUA viveram o escândalo de Watergate e a
renuncia de Nixon e o Brasil ainda vivia um regime militar, seria possível se
tornar eterno uma ópera espacial que explora a luta entre o bem e o mal, com
direito a espadas brilhantes e coloridas e robôs com crise existencial? Sim,
era e foi possível.
Star Wars, ao longo da primeira e da segunda trilogia (e agora com uma
terceira trilogia e histórias paralelas em várias mídias no mesmo universo), tem
dois pontos cruciais ao seu favor: enquanto fala de um regime imperial que
controla o universo usando a força (metafórica e literal) tendo em
contrapartida rebeldes que lutam pela resistência e pela volta do equilíbrio (metafórica
e literal) ao mesmo tempo em que se é usado efeitos especiais práticos e lindos,
temos também uma história familiar e intima que proporciona a identificação imediata
com aquelas personas. Star Wars vai do macro ao micro para se tornar o que é.
Aquele 25 de maio caiu em uma quarta-feira, quando o filme ocupou 32
salas de cinema nos EUA, onde arrecadou US$ 1,6 milhões em seu primeiro final
de semana, tendo custado US$ 11 milhões. Mas surpreendentemente os ainda novatos Carrie
Fisher, Mark Hamill e Harrison Ford cativaram e o sucesso seguinte não estava
sendo esperado. Salas de cinema tiveram que ser criadas para receber o público
que aceitava aquela nova franquia de braços abertos. O longa inicial ficou um
ano em bilheteria e depois foi relançado cinco vezes durante 20 anos.
Apesar de ainda receber 2,5 % de todo lucro que a franquia ainda rende,
George Lucas já não está mais no comando do seu próprio universo, tendo-o
entregado para a Disney. Digamos que ele decepcionou grande parte dos fãs com o
arco de construção do vilão Darth Vader na segunda trilogia. Até o momento, o
império Star Wars já faturou US$ 42 bilhões com um colosso que inclui filmes,
séries animadas, brinquedos, produtos licenciados, jogos para videogame, etc. E
o número promete aumentar e muito, principalmente com a boa perspectiva para a
Star Wars: Episódio VIII – Os Últimos Jedi, de Rian Johnson, que estreara em
dezembro.
Star Wars não irá parar de crescer, a saga se tornou maior do que
qualquer um podia imaginar e a tendência é crescer cada vez mais. Princesas de
maiô, ladrões espaciais que se tornam heróis, robôs sarcásticos e uma
infinidade de improbabilidades tornam Star Wars único e invejado. A 40 anos a
galáxia agradece sua existência.