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domingo, 22 de dezembro de 2024
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Lava-jato

Moro absolve Cláudia Cruz, esposa de Eduardo Cunha

Mulher de Eduardo Cunha, acusada pela força-tarefa do MPF por lavagem de dinheiro e evasão de divisas é absolvida

Postado em 25 de maio de 2017 por Lucas de Godoi
Moro absolve Cláudia Cruz
Mulher de Eduardo Cunha

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da
Operação Lava Jato, absolveu nesta quinta-feira (25/05) a jornalista e esposa
do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), Cláudia Cruz.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal
(MPF), Cláudia Cruz foi beneficiária de dinheiro lavado em contas no exterior.
O valor teve origem em um contrato da Petrobras na exploração de um campo de
petróleo na África. O negócio teria rendido o pagamento de propina de US$ 1,5
milhão a Cunha.

“Absolvo Cláudia Cordeiro Cruz da imputação do crime de
lavagem de dinheiro e de evasão fraudulenta de divisas por falta de prova
suficiente de que agiu com dolo”, diz o despacho. “A acusada Cláudia Cordeiro
da Cruz deve ser absolvida por falta de dolo, pois não há prova de que teve
participação no crime antecedente, de corrupção, e não há prova suficiente de
que tenha participado conscientemente nas condutas de ocultação e
dissimulação”, afirma o magistrado.

De acordo com Moro, apesar da absolvição os valores da
contas nos exterior serão confiscados. “Considerando que, apesar da absolvição
de Cláudia Cordeiro Cruz por falta de prova suficiente do dolo, os valores
mantidos na conta em nome da Kopek são oriundas de contas controladas por
Eduardo Cosentino da Cunha, condenado por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, tendo, portanto, origem e natureza criminosa, decreto, com base no
art. 91 do CP, o confisco do saldo de aproximadamente 176.670,00 francos suíços
sequestrados na conta em nome da Kopek. A efetivação do confisco dependerá da
colaboração das autoridades suíças em cooperação jurídica internacional”,
despachou Moro.

“Não obstante, até o momento, foi de fato possível rastrear
somente os ativos recebidos em um acerto de corrupção, envolvendo o contrato de
Benin, sendo que o produto respectivo, de USD 1,5 milhão não foi destinado,
sequer em parte, à conta em nome da Kopek”, diz Moro.

Fonte: Com informações da Agência Estado 

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