Após críticas, governo anuncia condições para mineração em área de proteção
Reserva equivale a aproximadamente ao tamanho do Estado do Espírito Santo e abriga importantes reservas naturais e uma variedade de terras indígenas
Em comunicado feito na tarde
desta segunda-feira (28), o ministro de Minas e Eenergia, Fernando Bezerra
Coelho Filho, e o ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, anunciaram que
o governo federal voltou atrás na decisão de extinguir uma reserva nacional da
Amazônia. Deve ser publicado nesta semana um novo texto em que será detalhada a
exploração mineral da área da Renca (Reserva Nacional de Cobre e Associados).
O decreto, assinado pelo
presidente Temer nesta última semana causou furor nas redes sociais, sendo alvo
de críticas. Artistas como Anitta, Caetano Veloso, Leonardo DiCaprio e Gisele
Bündchen se posicionaram contra a medida. Compreendida entre os Estados do Pará
e do Amapá, a Renca deverá ser extinta.
Criada em meados dos anos
1980 e dona de 4 milhões de hectares, a reserva equivalente a aproximadamente
ao tamanho do Estado do Espírito Santo e abriga importantes reservas naturais e
uma variedade de terras indígenas.
O novo decreto deverá ser
publicado no Diário Oficial da União ainda hoje (28).Os dois ministros foram
convocados emergencialmente pelo presidente Michel Temer a fim de esclarecer em
uma coletiva dúvidas sobre a Renca.
Ao todo, nove áreas
protegidas pela reserva: Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, as Florestas
Estaduais do Paru e do Amapá, a Reserva Biológica de Maicuru, a Estação
Ecológica do Jari, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de
Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e as Terras Indígenas Waiãpi e Rio
Paru d`Este.